São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000


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Batalhão havia pedido compra de fuzis

ISABEL CLEMENTE
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria da Segurança Pública recebeu, em meados do ano passado, pedido do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM para a compra de pelo menos dez fuzis de curto alcance -armas necessárias em ações como a de segunda, quando dez pessoas ficaram reféns de um criminoso dentro de um ônibus. Até hoje as armas não foram fornecidas.
O pedido das armas foi feito pelo comandante do Bope, tenente-coronel José Penteado, ao então subsecretário administrativo da secretaria, coronel Edmar Ferreira. Ferreira encaminhou o pedido ao secretário da Segurança, Josias Quintal. Em dezembro, o subsecretário deixou a secretaria.
Fabricados nos EUA pela firma Taurus, os fuzis de cano curto seriam empregados em situações de "assalto tático". No jargão policial, "assaltos táticos" acontecem quando um grupo de policiais invade um local onde há reféns.
Os fuzis de canos curto são armas de impacto. O tiro aniquila a vítima. A submetralhadora, como a usada no caso do ônibus, e os fuzis de longo alcance são perfurantes. Atingem a vítima e quem mais estiver por trás. Portanto, inapropriados para ações em que há muita gente por perto.
O Bope também aguarda o fornecimento de radiotransmissores com dispositivos que devem ser grudados na lapela do uniforme e no ouvido dos policiais. Na falta desses equipamentos, os policiais foram obrigados a se comunicar por gestos no cerco ao criminoso.


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