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Batalhão havia pedido compra de fuzis
ISABEL CLEMENTE
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
A Secretaria da Segurança Pública recebeu, em meados do ano
passado, pedido do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da
PM para a compra de pelo menos
dez fuzis de curto alcance -armas necessárias em ações como a
de segunda, quando dez pessoas
ficaram reféns de um criminoso
dentro de um ônibus. Até hoje as
armas não foram fornecidas.
O pedido das armas foi feito pelo comandante do Bope, tenente-coronel José Penteado, ao então
subsecretário administrativo da
secretaria, coronel Edmar Ferreira. Ferreira encaminhou o pedido
ao secretário da Segurança, Josias
Quintal. Em dezembro, o subsecretário deixou a secretaria.
Fabricados nos EUA pela firma
Taurus, os fuzis de cano curto seriam empregados em situações de
"assalto tático". No jargão policial, "assaltos táticos" acontecem
quando um grupo de policiais invade um local onde há reféns.
Os fuzis de canos curto são armas de impacto. O tiro aniquila a
vítima. A submetralhadora, como
a usada no caso do ônibus, e os fuzis de longo alcance são perfurantes. Atingem a vítima e quem
mais estiver por trás. Portanto,
inapropriados para ações em que
há muita gente por perto.
O Bope também aguarda o fornecimento de radiotransmissores
com dispositivos que devem ser
grudados na lapela do uniforme e
no ouvido dos policiais. Na falta
desses equipamentos, os policiais
foram obrigados a se comunicar
por gestos no cerco ao criminoso.
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