São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000


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Oposição começa a coletar votos GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL

A bancada de oposição na Câmara coletou ontem assinaturas de 22 dos 55 vereadores para pedir na Justiça o voto aberto na sessão que decidirá o impeachment do prefeito Celso Pitta (PTN).
O mandado de segurança deve ser enviado amanhã ao TJ (Tribunal de Justiça). O documento foi assinado pelo PT, PSDB, PC do B e PPS, mas também teve a adesão de três membros de partidos da situação.
Carmino Pepe e Mohamad Mourad, do PL, e Salim Curiati Jr. (PPB) vão participar da ação. A oposição ainda deve contar com a assinatura de Jorge Taba (PSB), ausente na sessão de ontem.
O regimento interno da Câmara prevê que a votação deve ser fechada em caso de impeachment. O voto aberto é apontado pela oposição como a única maneira de o prefeito ser cassado por improbidade administrativa. Os oposicionistas pretendem colocar um placar na Câmara apontando quem apóia ou não o voto aberto.
Indiferentes ao assunto quando Pitta estava afastado, os vereadores da situação afirmaram ontem que vão recorrer se a oposição conseguir uma vitória no TJ.
"Pitta também será inocentado com o voto aberto. Mas vamos recorrer, porque na política não podemos perder nunca", disse o governista Wadih Mutran (PPB).
O líder do governo, Brasil Vita (PPB), disse que o voto aberto é uma "heresia jurídica". "Ninguém vai mudar o jogo no meio dele", afirmou o vereador.

Beleza
Vita só perdeu a calma quando foi questionado sobre a contradição de ser o líder do governo na Câmara e, ao mesmo tempo, pertencer ao partido no qual o candidato a prefeito -Paulo Maluf (PPB)- pediu desculpas por ter eleito Celso Pitta.
"Sou ignorante na matéria. Não faço futurologia, não sei e não posso responder", disse Vita, irritado, antes de encerrar a entrevista e voltar ao plenário. "Já cansaram a minha beleza", afirmou aos repórteres.
Vita e outros governistas começaram ontem a tentar reagrupar a antiga base de apoio a Pitta, que chegou a ter 32 vereadores.
"Não vai ser fácil chegar nos 32 votos, mas 29 ou 30 eu acho que sim", disse Mutran.
Segundo o vereador Miguel Colasuonno (PMDB), a bancada governista baixou para 23 vereadores durante a administração de Regis de Oliveira.


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