DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário das Administrações Regionais, Naor Guelfi, disse ontem que o prefeito Celso Pitta irá publicar decreto extinguindo as subprefeituras criadas por Regis de Oliveira. Naor afirmou que tudo volta ao que era antes -as 27 administrações regionais.
Guelfi também disse que irá intensificar a fiscalização contra camelôs e utilizará a GCM (Guarda Civil Metropolitana) para ajudar.
Dos 18 secretários de Pitta, o único a deixar a pasta foi José Antonio de Freitas, da Administração. Ele foi substituído por Carlos Augusto Meinberg, que deixou a Secretaria do Governo e cedeu lugar ao deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PPB).
O secretário dos Serviços e Obras, João Octaviano Machado Neto, disse que vai dar continuidade à megalicitação para escolha das novas empresas que cuidarão da coleta e varrição de lixo a partir do próximo ano. Ele vai manter a contratação de emergência, por quatro meses, feita pelo ex-secretário Celso Matsuda. "Não havia outro caminho."
Getúlio Hanashiro, secretário dos Transportes, disse que quer concluir a licitação para credenciamento dos 4.042 perueiros que circularão pela cidade. Ele disse que o Fura-fila terá continuidade e que reconduzirá Pedro Luiz Machado Brito à presidência da SPTrans (São Paulo Transporte).
O secretário das Finanças, Deniz Ferreira Ribeiro, criticou seu sucessor interino, Tiago de Paula, que havia dito que a prefeitura fecharia o ano com déficit de R$ 1,4 bilhão. "Faltava ao outro secretário familiaridade ao mundo das finanças públicas", disse Ribeiro.
Ele afirmou que iria retomar estudo que estava desenvolvendo para enquadrar a prefeitura na Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, o déficit acontecerá se o prefeito assim determinar. "Se ele decidir por um ajuste, haverá redução no ritmo das obras e, consequentemente, do déficit."
O secretário dos Negócios Jurídicos, Edvaldo Brito, resumiu numa frase, dita de forma bem-humorada, o sentimento da equipe de Pitta, que acredita que as idas e vindas do prefeito ao cargo parecem coisa de feitiço. "Se encontrar uma coisa muito ruim, faço um ebó", afirmou Brito.
Ebó, segundo o dicionário Aurélio, é "uma oferenda ou sacrifício de um animal votivo (dedicado) a um orixá; oferenda a Exu que se deposita em encruzilhada; despacho". Brito é babalorixá em Salvador, onde foi prefeito, e é um dos principais auxiliares de Pitta.


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