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Dirigente alega pressão do governo
DA REPORTAGEM LOCAL
"Acabamos com a greve por
causa da pressão do governo.
Diante de tanta pressão, não sobrou alternativa. Mas não aceitamos a proposta do governo que
exclui os aposentados e acaba
com o nosso plano de carreira",
disse ontem a presidente da
Apeoesp, Maria Izabel Noronha.
De acordo com a presidente, a
suspensão ocorreu por conta da
posição autoritária adotada pelo
governo. "Os três professores presos vão enfrentar processos administrativos, além do processo criminal. A greve acabou, mas a luta
continua", disse Maria Izabel.
Ela destacou que a defesa dos
"presos políticos" e a não-punição dos grevistas são prioridades
nessa luta. "Quem investiu nessa
greve retorna de cabeça erguida."
Maria Izabel afirmou: "Não foi
uma derrota. A greve foi suspensa, mas o movimento, não. É o
início de um processo, e não o fim
dele. Ainda que a proposta não tenha sido atendida, a greve deu
uma "sacudidela" na política da
Secretaria da Educação".
Ela disse que "tudo que estava
escondido foi denunciado". Afirmou ainda que a reforma do ensino médio foi explicitada e que a
categoria lutou contra um governo que não permitia greve.
"A categoria está descontente,
ainda há risco de outra greve. Mas
não nos sentimos derrotados. Já
resistimos às bombas e à retirada
do acampamento. Saio da greve,
mas minha dignidade está de pé",
afirmou Maria Izabel.
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