São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000


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Dirigente alega pressão do governo

DA REPORTAGEM LOCAL

"Acabamos com a greve por causa da pressão do governo. Diante de tanta pressão, não sobrou alternativa. Mas não aceitamos a proposta do governo que exclui os aposentados e acaba com o nosso plano de carreira", disse ontem a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.
De acordo com a presidente, a suspensão ocorreu por conta da posição autoritária adotada pelo governo. "Os três professores presos vão enfrentar processos administrativos, além do processo criminal. A greve acabou, mas a luta continua", disse Maria Izabel.
Ela destacou que a defesa dos "presos políticos" e a não-punição dos grevistas são prioridades nessa luta. "Quem investiu nessa greve retorna de cabeça erguida."
Maria Izabel afirmou: "Não foi uma derrota. A greve foi suspensa, mas o movimento, não. É o início de um processo, e não o fim dele. Ainda que a proposta não tenha sido atendida, a greve deu uma "sacudidela" na política da Secretaria da Educação".
Ela disse que "tudo que estava escondido foi denunciado". Afirmou ainda que a reforma do ensino médio foi explicitada e que a categoria lutou contra um governo que não permitia greve.
"A categoria está descontente, ainda há risco de outra greve. Mas não nos sentimos derrotados. Já resistimos às bombas e à retirada do acampamento. Saio da greve, mas minha dignidade está de pé", afirmou Maria Izabel.


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