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Universidades discutem fim da paralisação
KEILA RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
Até as 22h40 de ontem, após sete horas de reunião, as entidades
de professores e funcionários e os
reitores das universidades paulistas não haviam chegado a um
acordo para pôr fim à greve das
categorias, mas os grevistas já se
mostravam propensos a aceitar a
proposta dos dirigentes.
Havia a perspectiva de acordo,
embora o presidente do Sindusp
(Sindicato dos Funcionários da
USP), Magno de Carvalho, não
vislumbrasse avanços.
As entidades dos trabalhadores
só deveriam decidir se a greve vai
continuar ou não após a reunião,
que ocorreu em São José dos
Campos (97 km de São Paulo).
Por volta das 22h30, os funcionários e reitores estavam analisando os números dos orçamentos das universidades.
Durante a manhã, o fórum que
reúne as seis entidades de funcionários e professores decidiu manter o pedido de 25% de reajuste
sobre março, mas aceitou ouvir a
contraproposta dos reitores.
O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais
Paulistas) manteve a proposta de
15% de aumento, dividido em
11,25% em março e 3,75% de abono para janeiro de 2001.
A última proposta dos funcionários, já durante as negociações,
era a concessão de três reajustes
no próximo semestre, além dos
15% imediatamente.
Durante a tarde, os reitores
apresentaram aos grevistas os orçamentos das três universidades
-USP, Unicamp e Unesp- para
argumentar que não há condições
de aumentar os salários.
No intervalo das negociações,
representantes dos grevistas disseram à Folha que poderiam concordar com a proposta do Cruesp,
mas com a imposição de algumas
condições.
Os grevistas exigem, por exemplo, que o Cruesp conceda reajustes mensais, de 2% a 3%, até o final do ano.
Também foi colocado em negociação um plano de salários para
os grevistas. Hoje, os aumentos
são vinculados a negociações
pontuais.
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