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CERCO AO AUMENTO
Protesto ocorreu após prefeito apresentar projeto de redução de parte das tarifas de ônibus
Estudantes invadem secretaria em SC
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Apesar de o prefeito de Florianópolis (SC), Dário Berger
(PSDB), ter cedido às pressões e
anunciado na noite de segunda
um projeto para reduzir parte
das tarifas de ônibus, cerca de 30
estudantes invadiram ontem a
Secretaria Municipal de Transportes e Terminais. Eles exigem
redução de todas as tarifas.
No protesto, 17 jovens se acorrentaram a cadeiras, mesas e
barras de ferro fixas para impedir que a polícia os retirasse.
O ato marcou o 14º dia de manifestações. Não houve violência. Segundo Denílson Machado, um dos líderes do movimento, eles só deveriam deixar o local se fossem pressionar os vereadores a propor uma emenda
que estendesse a diminuição a
todo o sistema de transporte.
Até o fechamento da edição, eles
continuavam no prédio.
O projeto do prefeito foi encaminhado ontem à tarde à Câmara Municipal, saída que Berger
achou para frear os protestos.
O decreto prevê a volta do valor inicial das tarifas nas regiões
norte, leste, centro-sul e sul da
ilha. Os passes, que estavam sendo cobrados a R$ 2,50 no centro-sul e no leste e a R$ 3 no norte e
no sul, voltarão a custar R$ 2,20
no centro-sul, R$ 2,30 no leste e
R$ 2,75 no norte e no sul.
No centro e no continente, os
usuários continuarão a pagar R$
1,75 e R$ 1,60, respectivamente.
A tarifa social (para a população
carente), que subiu para R$ 1,15,
também segue inalterada.
A prefeitura irá subsidiar os
valores. A estimativa é que a medida custe R$ 360 mil por mês
aos cofres municipais. O decreto
é válido por três meses, podendo
ser renovado por mais três.
O período coincide com o prazo final da consultoria do ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba (PR) Jaime Lerner
(PSB), contratado por R$ 250
mil para fazer um diagnóstico
do sistema implantado pela ex-prefeita Ângela Amin (PP).
A Justiça autorizou, no feriado
de Corpus Christi, o aumento da
tarifa (8,8%), decorrente da diferença entre o reajuste de 15,6%
concedido por Amin, em junho
de 2004, e o repassado pelas empresas em dezembro (6,8%).
O problema do transporte
aflorou em agosto de 2003,
quando a ex-prefeita implantou
o sistema interligado de terminais; a tarifa subiu e as viagens ficaram mais longas, o que desagradou à população e levou à
perda da eleição.
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