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"Sala de situação" foi usada para monitorar repercussão na mídia
DA REPORTAGEM LOCAL
Reunida ao longo de todo o
dia de ontem na chamada "sala
de situação", uma central de
controle da operação, montada
no Palácio da Polícia, no bairro
da Luz (centro de SP), a cúpula
da Polícia Civil de São Paulo estava bastante preocupada com
a repercussão que a Operação
Strike recebia da mídia.
A todo instante, os delegados
que ocupam os cargos mais altos da polícia recebiam versões
impressas das notícias sobre a
operação, principalmente boletins de sites noticiosos.
Por volta das 17h50 de ontem, por exemplo, ao menos
metade dos 12 notebooks instalados na central para o recebimento dos números oficiais da
operação no Estado estava em
sites de notícias, que sempre
eram impressas por assessores
e distribuídas com entusiasmo.
Quando o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e o delegado-geral, Mário
Jordão Toledo Leme, mostraram à imprensa o balanço da
operação, foram acompanhados por três assessores.
Depois que um jornalista
perguntou ao secretário se a
operação havia sido montada
para desviar o foco da crise causada pelo possível envolvimento de policiais civis num esquema de corrupção de caça-níqueis, Marzagão foi retirado do
local por um dos assessores.
O delegado Leme, então, passou a responder aos jornalistas.
Logo depois, questionado se a
polícia havia acumulado durante meses os mandados de
prisão, cumpridos ontem, um
outro assessor soprou em seu
ouvido, insistente: "Fala não,
fala não". E ele falou.
(AC e GP)
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