DE SÃO PAULO

Lourival Alves dos Santos foi condenado, em abril de 2009, a 16 anos e oito meses por atentado violento ao pudor e mais 16 anos e oito meses por estupro, totalizando 33 anos e quatro meses de prisão. Em março deste ano, conseguiu na Justiça do DF reduzir sua pena à metade com base na nova lei.
Por mais de um ano, Santos abusou da enteada, uma menina de 11 anos. Quando a mãe dela saía para trabalhar, ele iniciava os ataques.
Sob ameaça, Santos beijava a boca da menina, passava a mão em seus seios, pegava em sua vagina e se masturbava na frente (e sobre) a menina. Esse crime, pela lei anterior, não era estupro porque não havia "conjunção carnal" (pênis e vagina).
Os abusos ocorreram entre "data não especificada" de 2005 até o final de 2006.
A partir daí, quando a menina tinha 12 anos, Santos passou a estuprá-la -os crimes só cessaram em setembro de 2007, quando Santos foi descoberto. A Justiça calcula que a menina foi estuprada por mais de cem vezes.
Preso desde setembro de 2007, Santos recorreu e obteve o benefício.

TRAUMA
Em depoimento à Justiça, uma pastora evangélica que agora cuida da menina contou como ela está: "Atualmente faz tratamento psicológico; chora do nada, tem mentalidade de uma criança de seis anos, tem medo da casa da mãe e do futuro." (RP)


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