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OUTRO LADO
Empresa culpa inspetora, e ANP não se manifesta
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda que reconheça uma
das três incorreções contidas
no relatório de inspeção feito pela BBL para a ANP, a
Shell afirma que os erros na
escolha dos documentos e
de "interpretação técnica"
couberam à inspetora.
"Ela [a BBL" não é uma
empresa do mercado", afirmou ontem o gerente de instalações da Shell, José Cardoso Teti. Ele admite que a
Shell não tem alvará de funcionamento da prefeitura,
mas sustenta que só descobriu isso depois que a contaminação veio à tona.
"Quando nós apresentamos nossa licença de funcionamento [à BBL, em 2000",
apresentamos a mesma que
agora foi considerada incorreta. Na época, estávamos
conscientes de que a licença
de 84 estava válida", disse.
"Acho que o documento que
a inspetora anotou [datado
de 91" é o recolhimento de
uma taxa à prefeitura, que
faz referência à licença de
84", completou.
O mesmo raciocínio Teti
aplica à licença ambiental
expedida pela Cetesb. "A
ANP, naquele momento, estava mais preocupada com
projetos, tanques, operações. O questionário saiu
completo, mas os técnicos tinham especialização em
área de engenharia porque
as atividades de armazenagem e manuseio era o que a
agência queria fiscalizar."
Sobre a população contígua, ele diz que a distância
está dentro da legislação,
embora não tenha sabido dizer qual é esse limite. "A casa
está contígua ao muro, não
aos tanques. É uma questão
de interpretação técnica."
Após dois dias de insistência da reportagem da Folha,
a assessoria da ANP informou que, por ordem da direção, ninguém se pronunciaria enquanto a CPI dos
Postos de Combustíveis não
solicitasse mais explicações.
Já a BBL respondeu que
não se manifestaria por motivos contratuais.
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