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AMBIENTE
Famílias deixarão a área a partir da próxima semana
Recuperação de terreno na favela Paraguai pode levar 18 meses
DA REPORTAGEM LOCAL
A descontaminação do terreno
onde está localizada a favela Paraguai, na Vila Prudente (zona leste
de São Paulo), deverá levar cerca
de um ano e meio, segundo o secretário de Estado da Habitação,
Barjas Negri. Após laudos preliminares da Cetesb (agência ambiental paulista), o governo decidiu remover os resíduos tóxicos
localizados no subsolo, que ocupa
uma área de 94 mil m2.
"O método que será utilizado
para a remoção ainda não está definido. Precisamos primeiro do
resultado dos estudos que mostram o grau de contaminação do
solo", afirmou o secretário.
Segundo o diretor de Controle
de Poluição Ambiental da Cetesb,
Fernando Rei, a primeira medida,
após a remoção das famílias que
vivem no local, será a retirada das
instalações existentes, como redes
de água e energia elétrica. Durante o processo, para evitar novas
invasões, a Sabesp (Companhia
de Saneamento Básico do Estado), proprietária do terreno,
manterá seguranças na área.
A contaminação do subsolo da
favela por aproximadamente 15
milhões de litros de substâncias
tóxicas foi revelada pela Folha em
maio deste ano. O terreno foi usado como lixão industrial até ser
comprado pela Sabesp em 1980.
Conjunto Iguatemi
A partir da semana que vem, as
450 famílias que moram na favela
Paraguai começarão a mudança
para um conjunto habitacional da
CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano)
no bairro Iguatemi (extremo leste
da cidade), a 20 km da favela.
Ainda serão removidas as habitações da favela da Paz e do viaduto Grande Paulo, num total de 849
famílias. Os moradores serão alojados em apartamentos de 42 m2 e
pagarão uma porcentagem de
seus rendimentos à CDHU.
Para garantir a subsistência da
maior parte das famílias, que vivem da coleta de papéis em indústrias próximas à favela, a Sabesp
pretende construir um núcleo de
catadores de papel no Viaduto
Pacheco Neves e fornecer, durante seis meses, a passagem de ônibus até o local. Além de possibilitar aos catadores tomarem banho
e fazerem refeições, o núcleo servirá como estacionamento para
os carrinhos de coleta.
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