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São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2003

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AMBIENTE

Famílias deixarão a área a partir da próxima semana

Recuperação de terreno na favela Paraguai pode levar 18 meses

DA REPORTAGEM LOCAL

A descontaminação do terreno onde está localizada a favela Paraguai, na Vila Prudente (zona leste de São Paulo), deverá levar cerca de um ano e meio, segundo o secretário de Estado da Habitação, Barjas Negri. Após laudos preliminares da Cetesb (agência ambiental paulista), o governo decidiu remover os resíduos tóxicos localizados no subsolo, que ocupa uma área de 94 mil m2.
"O método que será utilizado para a remoção ainda não está definido. Precisamos primeiro do resultado dos estudos que mostram o grau de contaminação do solo", afirmou o secretário.
Segundo o diretor de Controle de Poluição Ambiental da Cetesb, Fernando Rei, a primeira medida, após a remoção das famílias que vivem no local, será a retirada das instalações existentes, como redes de água e energia elétrica. Durante o processo, para evitar novas invasões, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado), proprietária do terreno, manterá seguranças na área.
A contaminação do subsolo da favela por aproximadamente 15 milhões de litros de substâncias tóxicas foi revelada pela Folha em maio deste ano. O terreno foi usado como lixão industrial até ser comprado pela Sabesp em 1980.

Conjunto Iguatemi
A partir da semana que vem, as 450 famílias que moram na favela Paraguai começarão a mudança para um conjunto habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) no bairro Iguatemi (extremo leste da cidade), a 20 km da favela.
Ainda serão removidas as habitações da favela da Paz e do viaduto Grande Paulo, num total de 849 famílias. Os moradores serão alojados em apartamentos de 42 m2 e pagarão uma porcentagem de seus rendimentos à CDHU.
Para garantir a subsistência da maior parte das famílias, que vivem da coleta de papéis em indústrias próximas à favela, a Sabesp pretende construir um núcleo de catadores de papel no Viaduto Pacheco Neves e fornecer, durante seis meses, a passagem de ônibus até o local. Além de possibilitar aos catadores tomarem banho e fazerem refeições, o núcleo servirá como estacionamento para os carrinhos de coleta.


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