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PARÁ
ONU afirma que mortes de bebês são "alarmantes"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
A vice-presidente do
Comitê dos Direitos da
Criança da ONU (Organização das Nações Unidas),
Rosa Maria Ortiz, disse
ontem, em Belém, considerar "alarmantes" as
mortes de recém-nascidos
na Santa Casa da cidade.
Ela também apontou
omissão do Ministério Público do Pará no caso.
No mês passado, 54
crianças morreram na maternidade do hospital estadual -12 delas em três
dias. De janeiro a junho,
foram 253 mortes.
A paraguaia Ortiz, que
esteve no Pará para ouvir
autoridades estaduais e
organizações civis sobre
violações aos direitos humanos das crianças, recebeu um relato da situação
na Santa Casa durante
reunião na OAB (Ordem
do Advogados do Brasil)
local, com a presença de
um diretor do Sindicato
dos Médicos do Estado.
"Se o número [54 mortes] é certo, é alarmante.
Mostra que faltam instâncias de controle", disse Ortiz. "As crianças não estão
em primeiro lugar nas políticas públicas brasileiras." Para ela, a Promotoria deveria ter agido logo
que as primeiras denúncias de médicos foram feitas, em 2006. A ação civil
pública proposta pelo Ministério Público é de março deste ano. Cita problemas do prédio, falta de médicos e superlotação.
A reportagem procurou
o promotor Ernestino
Pantoja, que investiga o
caso, mas ele não atendeu
o celular ontem. Também
não houve resposta na sede do Ministério Público.
Ortiz disse que a comissão da ONU só deve investigar o caso se receber relatório oficial do governo
brasileiro ou do Pará.
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