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População cobra mudanças
da enviada especial
Assustada com o aumento dos
índices de violência, a população
pressiona os órgãos públicos, que,
lentamente, começam a reagir.
"Acho que os governos ainda
estão reagindo muito devagar,
mas pelo menos estamos vendo a
sociedade se mexer", diz Jesus Bezerra, coordenador da federação
das Associações de Moradores de
Serra.
Depois da violência das últimas
semanas, houve dois protestos
em Serra e um em Jucutuquara.
Os protestos do prefeito de Serra,
que foi à imprensa local cobrar
providências do governo do Estado, estão dando resultado: a Assembléia Legislativa do Espírito
Santo deve aprovar, na próxima
terça, a abertura de uma CPI para
investigar a ação dos grupos de
extermínio da cidade.
Além disso, a prefeitura de Vitória, que já havia detectado o
crescimento da violência na região metropolitana, prepara o 1º
Fórum Vitória com Segurança,
que vai recolher propostas da comunidade para acabar com a violência. "Temos de ajudar a organizar a população e fazer com que
ela se integre com os órgãos de segurança pública", diz o prefeito,
Luis Paulo Velloso Lucas (PSDB).
Na opinião de Nilda Turra, do
programa de proteção a testemunhas do ES, o aumento dos homicídios tem aproximado o problema da população e gerado revolta. "As reações ainda são tímidas,
é preciso mais. Mas agora, que a
classe média está começando a
sentir a gravidade da situação, talvez o poder público tome providências mais eficientes", diz.
A polícia interativa, que age de
acordo com discussões da comunidade, é uma boa iniciativa, para
o vereador de Serra Givaldo Vieira (PT), membro do conselho interativo de segurança. "Mas, desde que começamos a funcionar,
há quatro anos, temos sido quase
que a única fonte de investimentos em segurança no município."
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