São Paulo, Quarta-feira, 15 de Setembro de 1999
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Coronel tentou reduzir abuso de poder em favelas

da Sucursal do Rio

O coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira foi secretário de Polícia Militar do Rio nos dois governos de Leonel Brizola. Ele assumiu o cargo em 1983, quando Brizola extinguiu a Secretaria de Segurança Pública e criou três novas secretarias: de Polícia Militar, de Polícia Civil e de Defesa Civil.
Ao ser nomeado por Brizola, Cerqueira ocupava, interinamente, o cargo de comandante da Polícia Militar. Sua nomeação foi uma surpresa no meio militar.
O coronel foi criticado por sua política em relação às favelas. Ao limitar as ações policiais em bairros pobres e morros, foi acusado de conivência com o tráfico de drogas. Como defesa, Cerqueira argumentava que as ações policiais não eram eficazes, além de ilegais, e caracterizavam abuso de poder por autoridades.
Por sua ordem, o Serviço Reservado do Estado-Maior da Polícia Militar, a chamada P2, que durante o regime militar era uma espécie de braço da repressão política, sofreu reestruturação.
A defesa dos direitos humanos e a punição de policiais envolvidos com irregularidades geraram inimizades na corporação.



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