São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PLANTÃO MÉDICO

Pesquisadores inovam na luta contra a tuberculose

JULIO ABRAMCZYK

Cerca de 400 especialistas em controle, tratamento e prevenção de tuberculose estarão reunidos no Rio, de hoje ao dia 18. Eles irão participar do 1º Workshop da Rede-TB (Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose), no qual serão definidas as metas para os próximos três anos.
A Rede-TB, que enfrenta não só a doença mas também a falta de verbas para seu trabalho, representa uma abordagem inovadora na área da pesquisa científica brasileira. Ela reúne, pela internet, 170 pesquisadores de 47 instituições e é coordenada pelo professor Célio Lopes Silva, da USP de Ribeirão Preto.
Após a introdução da estreptomicina no tratamento da tuberculose, em 1946, sua incidência diminuiu sensivelmente. Na década de 50, a doença parecia coisa do passado, não era mais problema nem seu nome, palavrão. Mas a partir de 1985 retornou -e com maior violência.
Uma das causas do aumento da disseminação foi a epidemia de Aids, já que o portador do HIV é vulnerável ao bacilo. Ele desenvolve rapidamente a tuberculose ativa, que acaba sendo a principal causa de morte.
O Brasil ocupa o 13º lugar entre os 22 países onde ocorrem 80% dos casos em todo o mundo, segundo dados da Rede-TB. São estimados 129 mil casos por ano em nosso meio, dos quais apenas 90 mil são notificados.
Com o atual tratamento, o percentual de cura é de 72% a um custo de R$ 78 por doente. Depois de duas semanas, os pacientes deixam de ser contagiosos e melhoram tanto que cerca de 14% deles abandonam o tratamento. Surgem então os bacilos resistentes, e o custo do tratamento passa a ser de R$ 4.500.

ESQUIZOFRENIA

Doença surge no fim da adolescência
A esquizofrenia é um grave transtorno mental que surge geralmente no fim da adolescência ou no inicio da idade adulta, segundo especialistas da Organização Mundial da Saúde. Ela se caracteriza por distorções profundas do pensamento e afeta a linguagem, os pensamentos e a consciência de sua identidade. No mundo, são 24 milhões de portadores da doença.

OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA

Urso é operado da catarata
O veterinário Alexandre Lima de Andrade operou pela primeira vez no Brasil um urso portador de catarata (opacificação do cristalino) na unidade da Unesp de Araraquara. Com 10 anos de idade e 150 quilos, Xande teve suspensas suas atividades circenses por não enxergar. A técnica usada foi facectomia, e o cristalino, substituído por uma lente intra-ocular (como em humanos).


Texto Anterior: Acne: Droga aprovada pelo ministério não é distribuída em 11 Estados
Próximo Texto: Livros - Memória: Fonoaudióloga lança guia para evitar esquecimentos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.