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Engenheiro diz que obra expõe usuários a risco
DA REPORTAGEM LOCAL
A sensação de insegurança que
os usuários da passarela em frente
ao Hospital das Clínicas sentiram
não é só aparente. O engenheiro
Marcelo Rozenberg, do Instituto
de Engenharia de São Paulo, foi
ontem ao local e apontou vários
problemas na estrutura.
Entre eles estão os parafusos e
pedaços de ferro expostos, que
poderiam cortar alguém, e a falta
de rodapés nos degraus e patamares da escada. Se alguém escorregar em pontos próximos aos limites da escada, não terá nada, no
chão, que a impeça de cair.
O engenheiro também criticou
a falta de corrimões, em alguns
pontos, e a inclinação dos degraus, em outros.
De acordo com ele, uma estrutura assim só seria admissível em
uma situação de emergência, o
que, no seu entender, não é o caso.
"Em uma situação de emergência,
seria razoável, mas nós não estamos em uma situação de emergência", disse.
"Nós estamos frente à uma obra
nitidamente improvisada. Embora não apresente nenhum grande
problema de instabilidade ou insegurança, existem pontos que
merecem cuidados. A obra deveria passar por uma revisão", sugeriu o engenheiro.
Passagem estreita
Para Rozenberg, a obra é muito
estreita para o volume de passageiros no ponto de ônibus. "Tanto as escadas como as rampas deveriam ser mais largas para permitir a circulação das pessoas",
afirmou o engenheiro, especialista em infra-estrutura.
Segundo ele, as soluções utilizadas são adequadas para utilização
em obras, mas não para o atendimento da população. "Essas não
são as condições de conforto que
se espera para a população que
usa um equipamento urbano. Ela
está exposta a um número razoável de pontos de risco real", afirmou Rozenberg.
(VR)
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