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Desvio também
retarda viagem
de pedestres
DA REPORTAGEM LOCAL
A cada esquina ou metade de
quarteirão, um desvio, obstáculo ou interdição para retardar a viagem ao longo da avenida Rebouças, assim como buracos e falta de sinalização.
Não se trata de nenhuma nova interferência para os carros
depois da abertura do novo túnel, mas somente para os pedestres, que, no sentido centro-bairro, não dispõem nem sequer de 50 metros de calçada
contínua, em condições ao menos regulares, em toda a extensão de 3,5 km, da altura do HC
(Hospital das Clínicas) até a
ponte Eusébio Matoso.
A Folha fez esse percurso a pé
no final da tarde de ontem e verificou que é essa a pior opção
para quem quer se deslocar na
via -mesmo que a velocidade
dos carros se aproxime de 8
km/h, como anteontem.
A situação do passeio não só
traz riscos à segurança como,
por causa de obstáculos, atrasa
a viagem de quem anda. O percurso da reportagem durou 45
minutos, numa média de 4,7
km/h -contra 6 km/h caso as
condições fossem normais.
Logo na altura do HC, há bloqueios que obrigam os pedestres a se espremer em menos de
um metro -ou a dividir a faixa
da direita com os carros, como
faz a maioria. O calçamento ali
já começou a ser feito, mas ainda está totalmente desnivelado
-sendo impossível para uma
mulher com salto ou para uma
mãe com carrinho de bebê.
Os riscos nos cruzamentos
também aumentaram -já que
os tapumes escondem as faixas
de pedestres, como na esquina
com a João Moura.
A área do banco Itaú que serviria de caixa eletrônico para os
carros -tipo drive-thru- virou a passagem preferida e
mais segura dos que estão a pé
logo depois da avenida Henrique Schaumann.
Em um posto de gasolina a
seguir, quem anda se sente na
praia: uma areia fofa facilita a
entrada -dos carros, claro.
O caminho prossegue, pedras favorecem tropeços, bueiros abertos ameaçam os que
não estiverem com a vista em
dia e a entrada iluminada do
novo túnel é apenas uma ilusão: por lá quem está a pé não
passa; a opção é uma via lateral,
escura, sem nenhuma luz.
(ALENCAR IZIDORO)
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