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ONG denuncia Prefeitura do Rio por maus-tratos a morador de rua
DA SUCURSAL DO RIO
A Justiça Global e os Médicos
Sem Fronteiras enviaram denúncia contra a Prefeitura do Rio ao
relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para as
questões de direito à moradia, o
arquiteto indiano Miloon Kothari, em Genebra (Suíça).
As duas organizações acusam a
operação cata-tralha, executada
pela Comlurb, Guarda Municipal
e Secretaria Municipal de Governo, de cometer maus-tratos, desrespeito e abuso contra a população de rua da cidade.
A operação pretende supostamente retirar entulhos das ruas.
Segundo o documento, além da
violência da ação, os funcionários
dos órgãos do governo carioca recolhem documentos, remédios,
laudos médicos, cobertores e roupas dos moradores de rua.
A denúncia também foi remetida anteontem ao relator especial
sobre direito à saúde da ONU,
Paulo Hunt. A intenção é incluir a
acusação no relatório anual das
duas divisões, que serão apresentados na Conferência de Direitos
Humanos da ONU, na Suíça, no
próximo ano. "Há um ano, estamos colecionando relatos de
maus-tratos contra essas pessoas", disse a portuguesa Susana
de Deus, coordenadora-geral dos
Médicos Sem Fronteiras no Rio.
A equipe do Meio-Fio, projeto
organizado pelos Médicos Sem
Fronteiras, atende aos moradores
de ruas há quatro anos.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Governo do Rio, por meio de sua assessoria, afirmou desconhecer as
acusações de maus-tratos e desrespeito aos moradores de rua.
A secretaria afirma que a operação tem como intenção apenas recolher entulho das ruas da cidade.
O órgão nega levar os pertences
dos moradores e afirma que os
funcionários da Comlurb não
atuam com violência.
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