DA REPORTAGEM LOCAL

Viver no Nordeste, em cidades com menos de 200 mil habitantes, trabalhar, ter pais com baixa escolaridade e que não participam do aprendizado do filho são algumas das características comuns entre os estudantes que apresentaram estágio muito crítico do conhecimento em língua portuguesa.
Os dados são de um cruzamento inédito feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) entre o perfil dos alunos da 4ª série do ensino fundamental e seu desempenho no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2003.
A maioria dos estudantes com pior desempenho no Saeb tem atraso escolar, já abandonou os estudos pelo menos uma vez e se concentra nas escolas municipais.
"Os dados apontam para a necessidade de políticas educacionais que envolvam outro organismos, governamentais e não-governamentais", afirma Eliezer Pacheco, presidente do Inep.
Os dados do Inep mostram ainda que a maioria daqueles com desempenho muito crítico não tiveram acesso à educação infantil.
Já os alunos com desempenho adequado aparecem em maior proporção no Sudeste, em cidades com mais de 200 mil habitantes fora das regiões metropolitanas, estudam na rede particular ou em estabelecimentos federais e apresentam pouco ou nenhum atraso escolar. Esses estudantes têm mães e pais com maior escolaridade e declaram que a família acompanha a sua vida escolar.


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