São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

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Para se adaptar, vale até esconder o tamanho da placa com tinta

DA REDAÇÃO

O comerciante Maurício Andrade Silva, 38, orgulha-se da idéia que teve para adaptar a fachada de sua loja de artigos esportivos à Lei Cidade Limpa.
Proprietário da M Sport, na região da rua 25 de Março (centro de SP), ele conta que seu anúncio ia de ponta a ponta da fachada, e informava nome da loja, telefone, fax, número do prédio e artigos vendidos. Com a entrada em vigor da lei, ele decidiu pintar a placa de bege, deixando à mostra só o logotipo que traz o nome da loja. Com isso, "disfarçou" o tamanho da placa e deixou seu anúncio na medida que a lei permite. "Eu mesmo pintei, não levou nem dez minutos", conta.

Soluções criativas
Assim como a de Silva, outras soluções criativas para se adaptar à lei foram reunidas em um livro, o "São Paulo, Cidade Limpa", de Gustavo Piqueira, que será lançado neste mês.
Ao percorrer repetidamente o mesmo caminho entre seu escritório e um local em que sempre tinha reuniões, Piqueira teve a idéia de juntar no livro fotos de fachadas adaptadas de maneira irreverente à lei.
"Comecei a colecionar [as fachadas adaptadas de modo criativo] na cabeça", conta. Depois de cerca de um mês, decidiu fazer o livro, cujas fotos foram tiradas em maio deste ano na região de Perdizes, Pompéia e Lapa, todas na zona oeste. Em um dos registros, por exemplo, o dono de um estacionamento, ao diminuir o seu anúncio, deixou só as letras "stacio". O resto da palavra fica subentendido.
Para acompanhar cada uma das 16 fotos, Piqueira abusou do bom humor com histórias fictícias sobre o que teria levado o dono do lugar a adaptar a fachada daquela maneira.


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