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Para se adaptar, vale até esconder o tamanho da placa com tinta
DA REDAÇÃO
O comerciante Maurício Andrade Silva, 38, orgulha-se da
idéia que teve para adaptar a fachada de sua loja de artigos esportivos à Lei Cidade Limpa.
Proprietário da M Sport, na
região da rua 25 de Março (centro de SP), ele conta que seu
anúncio ia de ponta a ponta da
fachada, e informava nome da
loja, telefone, fax, número do
prédio e artigos vendidos. Com
a entrada em vigor da lei, ele decidiu pintar a placa de bege,
deixando à mostra só o logotipo
que traz o nome da loja. Com isso, "disfarçou" o tamanho da
placa e deixou seu anúncio na
medida que a lei permite. "Eu
mesmo pintei, não levou nem
dez minutos", conta.
Soluções criativas
Assim como a de Silva, outras
soluções criativas para se adaptar à lei foram reunidas em um
livro, o "São Paulo, Cidade Limpa", de Gustavo Piqueira, que
será lançado neste mês.
Ao percorrer repetidamente
o mesmo caminho entre seu escritório e um local em que sempre tinha reuniões, Piqueira teve a idéia de juntar no livro fotos de fachadas adaptadas de
maneira irreverente à lei.
"Comecei a colecionar [as fachadas adaptadas de modo
criativo] na cabeça", conta. Depois de cerca de um mês, decidiu fazer o livro, cujas fotos foram tiradas em maio deste ano
na região de Perdizes, Pompéia
e Lapa, todas na zona oeste. Em
um dos registros, por exemplo,
o dono de um estacionamento,
ao diminuir o seu anúncio, deixou só as letras "stacio". O resto
da palavra fica subentendido.
Para acompanhar cada uma
das 16 fotos, Piqueira abusou
do bom humor com histórias
fictícias sobre o que teria levado o dono do lugar a adaptar a
fachada daquela maneira.
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