São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

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outro lado

Governo diz que relatório não tem provas

DA SUCURSAL DO RIO

O subsecretário de inteligência da Secretaria de Segurança do Rio, Edval Novaes, diz que o levantamento da comissão de policiais ferroviários não continha provas, mas não nega que haja "problemas" em pontos críticos.
"Recebi a comissão no início do ano. Pedi aos policiais ferroviários que relatassem um caso concreto, com todos os dados, como horário, localização do fato, entre outros detalhes. Com as informações, seria iniciada uma investigação. Mas até hoje não recebi. Também é fato que os locais apontados apresentam problemas", disse. "A competência da segurança nas áreas é do BPFer (Batalhão de Polícia Ferroviária) da PM, que está cuidando do caso."
O comandante do batalhão, tenente-coronel Eraldo Almeida Rodrigues, diz que o mapeamento feito pela comissão é "palpite".
O oficial e os representantes da SuperVia e da MRS Logística -concessionárias de transporte de passageiros e cargas, respectivamente- afirmaram não ter registros de atuação de traficantes na rede ferroviária.
"Desde 1997, quando a Polícia Militar assumiu o policiamento das linhas férreas, não existe mais policial ferroviário federal [no local]. Portanto, todo e qualquer estudo, depois deste ano, são de pessoas que não têm conhecimento sobre a malha ferroviária do Rio", declarou Rodrigues.
Ele afirma que já houve prisões de "viciados" dentro de vagões, mas não há registro de comércio ou transporte de drogas nas composições usadas para transporte de cargas e passageiros.
O diretor de operações da SuperVia, João Gouvêia, e o gerente de arrendamento e patrimônio da MRS, Sérgio Carrato, deram argumentos semelhantes para as fendas nos muros.
"Os muros são vandalizados pelos moradores por falta de acesso oficial aos dois lados dos bairros. Falta viaduto e passarela", disse Gouvêia.
Carrato afirmou desconhecer a utilização dos trens de carga para o transporte de drogas.
(MB E IN)


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