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Feirante afirma ter visto até arma antiaérea
DA SUCURSAL DO RIO
Usuário de ramais das linhas
férreas do Rio de Janeiro, Pedro (nome fictício), 18, afirma
que já viu até mesmo uma arma
antiaérea em uma passarela localizada sobre a linha férrea.
Ele trabalha como feirante na
zona sul e cursa o 3º ano do ensino médio. Morador do bairro
de Senador Camará, zona oeste
da cidade, ele usa os trens do ramal Santa Cruz/ Central do
Brasil com alguma freqüência.
"No início do ano, em uma
das passarelas entre as estações
de Senador Camará e Santíssimo, vi uma metralhadora ponto 30, com tripé, montada no
meio da passarela. Quatro homens armados estavam localizados junto da arma. As pessoas passavam pelo local normalmente. Por lá [zona oeste] é
assim mesmo", afirmou.
Ainda de acordo com ele, o
fuzil é outra arma bastante fácil
de ser vista nas linhas férreas
que cruzam a região.
Fuzis
"Eles [criminosos] transitam
com fuzis pela linha do trem
tranqüilamente. De dia e à noite. Vejo sempre nos trechos entre Camará [Senador] e Santíssimo.Também já vi pessoas
usando drogas nas partes de
muros que ainda estão de pé,
nessa mesma região.Quando o
trem pára na sinalização, dá para ver claramente o uso das
drogas e as armas", disse.
Os buracos abertos pelo tráfico nos muros das linhas de
trem, usados como rota de fuga
por criminosos, é outra constatação do feirante.
"Existem vários em Senador
Camará, Santíssimo, Inhoaíba
e Bangu. Em um trecho entre as
estações de Senador Camará e
Santíssimo, não existe nem sequer um muro. A circulação dos
bandidos é totalmente livre",
afirmou. "Os buracos são feitos
para eles fugirem."
Há cerca de três meses, em
razão de um tiroteio entre a Polícia Militar e traficantes na estação de Senador Camará, o
tráfego ficou interrompido por
cerca de meia hora, segundo relatou o feirante.
Tiros
"Isso aconteceu por volta das
18h. A composição em que eu
estava parou na plataforma de
Bangu por causa dos tiros. Com
receio de ser atingido e com
pressa, depois desse tempo,
desci do trem e peguei correndo um ônibus pra casa", afirmou o feirante à Folha.
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