São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Moradores dizem que não vão sair de prédio embargado Prefeitura afirma que vai bloquear todos os edifícios e ainda estuda qual medida tomar em imóvel ocupado Fraude que causou prejuízo de mais de R$ 50 mi envolve pelo menos 42 imóveis prontos ou em obras NATÁLIA CANCIAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Moradores de edifícios que serão embargados pela Prefeitura de São Paulo por suspeita de fraude no pagamento da outorga onerosa -taxa que permite a construção de edifícios altos- dizem que não vão sair do imóvel. "Nem se for a tiro. O problema não é nosso", diz um morador de um edifício residencial de Perdizes (zona oeste), com 12 andares e 48 apartamentos. O prédio é um dos 20 que tiveram os alvarás suspensos ontem pela prefeitura. Mas com um problema: o prédio está pronto e tem moradores desde julho de 2010. Inicialmente, a prefeitura disse que todos os empreendimentos citados na fraude ainda estavam em obras. Ontem, 13 edifícios foram fiscalizados. Destes, cinco foram embargados -os demais ainda devem ser notificados nos próximos dias. Há cerca de dez dias, outros 22 prédios tiveram as obras barradas. A fraude causou um prejuízo inicial de R$ 50,5 milhões à prefeitura, de 2007 a abril deste ano. As construtoras dizem que também são vítimas, pois pagaram a outorga a terceiros. Eles teriam entregado guias falsas à prefeitura. O síndico do prédio de Perdizes, que pede para não ser identificado, diz que o estágio avançado da "obra" assustou até mesmo a funcionária responsável por entregar a notificação. Ele encaminhou o aviso para a empresa que gerencia o condomínio. A notificação também chegou a um prédio comercial no Tatuapé (zona leste), aberto há dois anos. Seis empresas atuam no local. A maioria disse que não tinha sido avisada. A prefeitura diz que ainda estuda quais medidas serão adotadas em relação aos prédios ocupados. Texto Anterior: Ministro é vaiado na Faculdade de Educação da USP Próximo Texto: Ministério Público denuncia 20 pessoas Índice | Comunicar Erros

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