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OUTRO LADO
"Foi falha humana", diz advogado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado de Eron Chaves de
Oliveira, Raul Livino, atribuiu o
comportamento de seu cliente a
uma "bobeada muito grande" e
disse que a atitude de todos os
condenados revelou uma "quebra
de fidúcia [confiança]".
Em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, Heraldo
Pauperio, advogado de Antonio
Novely Cardoso de Vilanova,
classificou o episódio como "falha
humana" de seu cliente e seus
amigos condenados. A Folha não
conseguiu contato com o advogado de Max Rogério Alves.
A Secretaria de Segurança Pública do DF vai apurar, com
acompanhamento do Ministério
Público, se os funcionários da Papuda cometeram irregularidades
no tratamento dos jovens.
"Foi instaurada sindicância para apurar eventual ocorrência de
transgressões disciplinares por
parte dos servidores do sistema
penitenciário do DF", diz a nota.
A fiscalização pelo cumprimento das penas, segundo a legislação, é de responsabilidade do Ministério Público e da Justiça criminal. Em nota, o juiz substituto Aimar Neres de Matos diz que "foram fixadas condições rígidas de
deslocamento aos locais de trabalho e de estudo". O objetivo, segundo ele, seria "assegurar a efetiva execução das penas que foram
impostas aos condenados".
Assistente da acusação durante
o julgamento, o deputado federal
Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) disse, por meio de nota, que se
sentia "estarrecido" com a reportagem. Também questionou o
modo como a Justiça distrital lida
com os assassinos do índio. Vilanova é filho de juiz federal e Alves
tem um padrasto que foi ministro
do Tribunal Superior Eleitoral.
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