DO "AGORA"

A 5ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, no Tatuapé (zona leste de SP), descobriu ontem a identidade de pelo menos quatro pessoas envolvidas no roubo à tesouraria da transportadora de valores Transbank. O roubo ocorreu na noite do dia 11 e rendeu R$ 4,7 milhões aos ladrões.
Foram identificadas duas mulheres e dois homens por meio de fotografias. Todos eles têm participação direta no aluguel da casa da rua Maria Carlota de onde partiu o túnel de 110 metros que levou a quadrilha ao banheiro da Transbank.
Os dois homens, segundo a polícia, já tinham sido condenados por roubo e por formação de quadrilha, mas seus nomes ainda são mantidos em segredo, bem como o da mulher jovem, parda, de cabelos lisos e longos e de 26 anos que viveu desde o dia 1º de julho -data da locação- no imóvel. Ela também já esteve presa.
O único nome revelado pela polícia até agora é o de Maria de Jesus da Silva, responsável pelo aluguel da casa usada pela quadrilha. Ela usou uma carteira de identidade do Piauí para fechar o contrato de locação. Por isso a polícia da capital paulista tenta descobrir com a de Piauí se o documento é verdadeiro ou não. Há, porém, a certeza de que a foto no documento é a da mulher procurada.

Sem máscaras
Os outros dois ladrões procurados pelo roubo milionário foram filmados ainda dentro da Transbank, durante o assalto, quando tiraram suas máscaras. A polícia confronta essas imagens com banco de dados para descobrir se já estiveram presos e seus nomes.
Um bandido que cumpriu pena na extinta Casa de Detenção, no Carandiru, também é investigado. Ele é responsável pela escavação de um túnel, que, em novembro de 2001, resultou na fuga de 103 presos.
Ontem também foi interrogado o casal de moradores de Cidade Dutra (zona sul) que aparece no contrato de locação do imóvel como fiador. Para a polícia, são inocentes. Neste ano, os documentos de ambos foram usados na locação, também como fiadores, de um imóvel no Rio.
Todos os 76 funcionários feitos reféns durante o roubo serão interrogados nos próximos dias. A polícia também tenta encontrar a empresa responsável pela análise topográfica da área onde está a Transbank. Foi a partir desse levantamento geográfico que o bando conseguiu precisão para escavar o túnel e terminá-lo exatamente dentro da Transbank.


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