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Bimotor com 6 pessoas desaparece no ES
Cerca de 20 minutos após a decolagem, piloto perdeu contato com torre e desapareceu do radar, na altura de Aracruz
Com destino a Porto Seguro, na Bahia, a aeronave, que saiu do Rio às 14h de sexta, era pilotada por um major da reserva da Aeronáutica
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
Um avião bimotor modelo
PA-34-200 Seneca, prefixo
PTISF, desapareceu do radar
da Infraero na noite de sexta-feira, pouco depois de decolar
do aeroporto de Vitória (ES).
Segundo a assessoria da Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil), a aeronave passou por
exames para análise da documentação no dia 5 deste mês.
No site da agência, no entanto,
ainda constam informações defasadas de que a aeronave estaria em situação irregular, com o
Relatório de Condição de Aeronavegabilidade vencido.
O piloto Arduíno Coutinho
de Souza é major-dentista da
reserva da Aeronáutica e teria
adquirido o avião em 21 de junho deste ano, segundo registro da Anac. Ele levava cinco
pessoas da família para um passeio na Bahia.
O Seneca decolou do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona
oeste do Rio, por volta das 14h,
com destino final a Porto Seguro (BA). De acordo com a Infraero, o avião pousou às 16h46
no aeroporto de Vitória para
abastecer. A decolagem para
Porto Seguro aconteceu às
19h37. A chegada a Porto Seguro estava prevista para as
21h30. O último contato com o
órgão de controle foi por volta
das 19h50, quando reportou a
passagem a 36 quilômetros ao
norte de Vitória.
Depois disso, o piloto perdeu
o contato com a torre e desapareceu do radar, na altura de
Aracruz. A autonomia da aeronave era de cinco horas. O órgão de buscas da Aeronáutica
foi notificado pelo controle de
Vitória da perda de comunicação às 21h20.
A Folha apurou que Coutinho tinha começado a pilotar
havia cinco anos e, depois de
comprar o avião, costumava fazer viagens a passeio com a família. Momentos antes de decolar de Vitória, ele ligou para
um amigo também piloto e disse que, apesar da chuva, seguiria para Porto Seguro.
Durante o dia foram feitas
buscas com um helicóptero da
PM do Espírito Santo e dois
bandeirantes da FAB. Segundo
o brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, como a rota Vitória-Porto Seguro
é pela faixa litorânea, que é
bem habitada, há possibilidade
de a aeronave ter caído no mar
devido ao fato de não haver relato de moradores sobre acidentes. "A possibilidade de ter
caído no mar é de 50%. Era um
vôo noturno e toda a região é
habitada. O norte do Espírito
Santo é área turística. A possibilidade de um avião desse ter
caído no mar é alta", disse.
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