São Paulo, domingo, 15 de outubro de 2006

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Bimotor com 6 pessoas desaparece no ES

Cerca de 20 minutos após a decolagem, piloto perdeu contato com torre e desapareceu do radar, na altura de Aracruz

Com destino a Porto Seguro, na Bahia, a aeronave, que saiu do Rio às 14h de sexta, era pilotada por um major da reserva da Aeronáutica

DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA

Um avião bimotor modelo PA-34-200 Seneca, prefixo PTISF, desapareceu do radar da Infraero na noite de sexta-feira, pouco depois de decolar do aeroporto de Vitória (ES).
Segundo a assessoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave passou por exames para análise da documentação no dia 5 deste mês. No site da agência, no entanto, ainda constam informações defasadas de que a aeronave estaria em situação irregular, com o Relatório de Condição de Aeronavegabilidade vencido.
O piloto Arduíno Coutinho de Souza é major-dentista da reserva da Aeronáutica e teria adquirido o avião em 21 de junho deste ano, segundo registro da Anac. Ele levava cinco pessoas da família para um passeio na Bahia.
O Seneca decolou do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, por volta das 14h, com destino final a Porto Seguro (BA). De acordo com a Infraero, o avião pousou às 16h46 no aeroporto de Vitória para abastecer. A decolagem para Porto Seguro aconteceu às 19h37. A chegada a Porto Seguro estava prevista para as 21h30. O último contato com o órgão de controle foi por volta das 19h50, quando reportou a passagem a 36 quilômetros ao norte de Vitória.
Depois disso, o piloto perdeu o contato com a torre e desapareceu do radar, na altura de Aracruz. A autonomia da aeronave era de cinco horas. O órgão de buscas da Aeronáutica foi notificado pelo controle de Vitória da perda de comunicação às 21h20.
A Folha apurou que Coutinho tinha começado a pilotar havia cinco anos e, depois de comprar o avião, costumava fazer viagens a passeio com a família. Momentos antes de decolar de Vitória, ele ligou para um amigo também piloto e disse que, apesar da chuva, seguiria para Porto Seguro.
Durante o dia foram feitas buscas com um helicóptero da PM do Espírito Santo e dois bandeirantes da FAB. Segundo o brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, como a rota Vitória-Porto Seguro é pela faixa litorânea, que é bem habitada, há possibilidade de a aeronave ter caído no mar devido ao fato de não haver relato de moradores sobre acidentes. "A possibilidade de ter caído no mar é de 50%. Era um vôo noturno e toda a região é habitada. O norte do Espírito Santo é área turística. A possibilidade de um avião desse ter caído no mar é alta", disse.


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