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Até hoje sinto dor de cabeça, diz dona de casa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de a contaminação ter acontecido em junho, até agora os intoxicados têm sintomas e precisam ser medicados.
"Até hoje sinto tontura e
dor de cabeça", afirma a dona de casa Solange Antunes. Suas filhas de dois e
três anos ainda recebem
medicação, pois correm o
risco de ter sequelas.
Os outros quatro irmãos
ainda têm febre e dor de
barriga, mas não receberam
medicamento. Segundo o
secretário de Saúde de Rosana, como estão expelindo
o metal normalmente, não
precisam do remédio.
Duas casas, dos familiares que tiveram contato
mais direto com o metal, foram interditadas. Não puderam levar nada, pois tudo
estava contaminado. "Só
saímos com a roupa do corpo, deixamos até fotografias", diz o pai das crianças,
Douglas Padilha, 33.
Hoje moram temporariamente em casa cedida pela
prefeitura, que era sede dos
bombeiros. "Para voltarmos para casa, é preciso um
laudo assinado falando que
não está mais contaminado, porque não vou colocar
minha família em risco."
O pai trabalhava como
entregador e perdeu o emprego depois que se contaminou. As pessoas, diz, ficaram com medo. Desde então, não conseguiu nenhum
outro trabalho.
(CMC)
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