São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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Até hoje sinto dor de cabeça, diz dona de casa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de a contaminação ter acontecido em junho, até agora os intoxicados têm sintomas e precisam ser medicados.
"Até hoje sinto tontura e dor de cabeça", afirma a dona de casa Solange Antunes. Suas filhas de dois e três anos ainda recebem medicação, pois correm o risco de ter sequelas.
Os outros quatro irmãos ainda têm febre e dor de barriga, mas não receberam medicamento. Segundo o secretário de Saúde de Rosana, como estão expelindo o metal normalmente, não precisam do remédio.
Duas casas, dos familiares que tiveram contato mais direto com o metal, foram interditadas. Não puderam levar nada, pois tudo estava contaminado. "Só saímos com a roupa do corpo, deixamos até fotografias", diz o pai das crianças, Douglas Padilha, 33.
Hoje moram temporariamente em casa cedida pela prefeitura, que era sede dos bombeiros. "Para voltarmos para casa, é preciso um laudo assinado falando que não está mais contaminado, porque não vou colocar minha família em risco."
O pai trabalhava como entregador e perdeu o emprego depois que se contaminou. As pessoas, diz, ficaram com medo. Desde então, não conseguiu nenhum outro trabalho. (CMC)


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