São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011

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EUA enviam mais 14 contêineres suspeitos

Receita afirma que produtos foram encomendados por loja de tecidos de Pernambuco; navio chega em uma semana

Universidade dos EUA afirma que paga para outras empresas darem destino final ao resíduo hospitalar que produz

DO ENVIADO ESPECIAL A SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE (PE)
DE NOVA YORK


A Receita Federal aguarda a chegada de mais 14 contêineres dos EUA encomendados pela mesma confecção de Santa Cruz do Capibaribe que importou 46 toneladas de lixo hospitalar retidas nesta semana no porto de Suape, no Estado de Pernambuco.
De acordo com o inspetor chefe da alfândega da Receita Federal local, Carlos Eduardo Oliveira, os contêineres estão em um navio e deverão chegar em uma semana.
O conteúdo dos contêineres ainda é desconhecido. De acordo com o inspetor chefe, a empresa exportadora pode fazer essa declaração até cinco dias antes de o navio atracar em seu destino.
A confecção responsável pela importação, cujo nome ainda não foi divulgado, adquiriu neste ano oito contêineres dos Estados Unidos.
Os dois últimos carregamentos foram apreendidos após a Receita Federal desconfiar do valor da nota. Aos inspecionar, descobriu se tratar de lixo hospitalar.
Oliveira disse que não poderia confirmar se foi a Forro de Bolso -onde a Folha adquiriu os lençóis- que importou as 46 toneladas de lixo hospitalar dos EUA.
Mas disse que a descrição das peças compradas pela Folha na loja de tecidos se assemelha com as que estão retidas em no porto de Suape desde o início da semana.

REPERCUSSÃO
O University of Maryland Medical Center (Centro Médico da Universidade de Maryland) divulgou nota após ser procurado pela Folha.
"Nós pagamos várias empresas para processar e lidar com os resíduos do hospital. Esperamos que nossos fornecedores cumpram as leis sobre o descarte desses itens. Estamos interessados em saber mais informações sobre esse caso assim que houver detalhes disponíveis."
A Folha também localizou a NYC Health and Hospitals Corp (Corporação de Saúde e Hospitais da Cidade de Nova York). A entidade disse não ter conhecimento sobre o caso do lixo hospitalar.
A Folha não conseguiu contato com o Baltimore Washington Medical Center, o Hospital Central Services Cooperative, o Department of Veterans Affairs Property e a Medline Industries Inc, todas com sede nos EUA.
(FÁBIO GUIBU E VERENA FORNETTI)


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