São Paulo, domingo, 15 de novembro de 2009

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outro lado

Para ONS, apagões foram localizados e de curta duração

LulaMarques - 11.nov.2009/Folha Imagem
Sala do Operador Nacional do Sistema Elétrico, que monitora a transmissão de energia no Brasil

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

O ONS afirmou que o aumento no número de apagões neste ano em relação a 2008 pode ser explicado pela inclusão dos Estados do Acre e Rondônia no SIN (Sistema Interligado Nacional), linhas de transmissão que "são novas e sujeitas a falhas". A inclusão dos Estados no sistema foi concluída no final do mês passado.
Ainda segundo o órgão, a maioria das ocorrências foi "localizada e de curta duração" e está "associada aos sistemas das empresas distribuidoras".
Os boletins divulgados pelo ONS citam Furnas, Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) e Eletronorte na maioria dos desligamentos neste ano, sem atribuir responsabilidades.
Com linhas por oito Estados mais Distrito Federal, Furnas disse, por meio de nota, que reforçou mais de 3.400 torres das linhas de transmissão que ligam o Paraná a São Paulo, área atingida pelo recente apagão.
Segundo a empresa, a qualidade do sistema Furnas é "compatível com os indicadores das melhores empresas do mundo no gênero".
O diretor de produção e comercialização da Eletronorte, Wady Charone, explicou que o sistema elétrico no Norte do país é "muito mais vulnerável" porque não dispõe de linhas de transmissão alternativas, como o sistema no Sul e Sudeste.
Segundo ele, o aumento no número de blecautes está ligado principalmente às condições climáticas adversas neste ano e às queimadas na região.
A Cteep disse que as interrupções podem ser causadas por fatores como descargas atmosféricas, mas a "maioria se caracteriza por impacto local e religamento ágil, seja pela subestação ou linha onde ocorreu o desligamento ou por outras que também abastecem a região atingida".
Ainda segundo a nota, a porcentagem de falta de energia "decorrente de perturbações no sistema da Cteep corresponde a apenas cerca de 10% de todo o SIN", mesmo com 30% do tráfego de energia.


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