São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 2002

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Livros questionam a obrigação de ser feliz sempre

DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de que as pessoas devem necessariamente ostentar felicidade assume maiores proporções no final do ano, mas é uma constante no dia-a-dia da sociedade contemporânea. Uma exigência urbana moderna.
O livro "A Euforia Perpétua", do francês Pascal Bruckner (Difel, 240 págs., R$ 34), demonstra que a felicidade se tornou um objetivo de vida em si, não mais uma eventual decorrência da passagem do homem pela Terra. Para o autor, é inconcebível alguém dizer que não é feliz, algo tão importante, nesse novo espectro de valores, quanto saúde exuberante, sexualidade ostensiva e acúmulo de bens.
Nesse contexto, para exibir sua felicidade, o cidadão precisa se abastecer de roupas de grife, carro novo, celulares, computadores etc. O problema, diz o autor, é que esse acúmulo infindável acaba provocando frustração, tristeza, depressão.
"Descomplique seu Natal", de Elaine St. James (Editora ARX, 210 págs., R$ 20), tem objetivo bem mais pragmático e menos filosófico que o anterior, mas alerta os leitores ávidos de felicidade natalina para o fato de que o excesso redunda em desgaste físico e psicológico. "Para muitas pessoas, o Natal pode ser tudo, menos feliz", afirma a autora. (LC)


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