São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

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Transplante de órgãos bate recorde no Brasil

ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de transplantes de órgãos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) bateu recorde nos dez primeiros meses de 2004. Foram 9.058 até outubro, quase metade de córnea. A previsão é que até o final do ano o número chegue a 10.870, 27% mais do que em 2003.
Mesmo assim, o Brasil ainda tem pelo menos 62,5 mil pessoas na fila. "O principal gargalo hoje é a obtenção de doadores", disse o ministro Humberto Costa (Saúde), ao participar do lançamento da campanha de doação de órgãos que vai de hoje a 9 de janeiro.
Para angariar doadores, as peças falam do "recomeço" da vida dos transplantados. A campanha cita que o Brasil é o país que mais transplanta por meio de programas públicos no mundo. Segundo dados oficiais, o país só perderia em número total de transplantes, entre públicos e privados, para os EUA. Atualmente, 92% dos transplantes de órgãos feitos no Brasil são pagos pelo SUS.
Além das campanhas, o Ministério da Saúde aposta na ampliação das comissões intra-hospitalares de captação de órgãos em hospitais com UTI do tipo 2 ou 3 (centros de referência para urgência e emergência e hospitais transplantadores). Hoje, existem 487.
As comissões identificam potenciais doadores -pacientes com morte cerebral- e abordam suas famílias. As comissões auxiliam ainda no processo de retirada e transporte de órgãos e equipes para onde o receptor está.
Segundo o coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Roberto Schlindwein, a ampliação das comissões será decisiva para chegar à meta estabelecida de, até 2007, zerar a lista de espera por uma córnea e reduzir pela metade a fila dos que aguardam por um transplante de medula óssea e órgãos sólidos.


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