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Transplante de órgãos
bate recorde no Brasil
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de transplantes de
órgãos pelo SUS (Sistema Único
de Saúde) bateu recorde nos dez
primeiros meses de 2004. Foram
9.058 até outubro, quase metade
de córnea. A previsão é que até o
final do ano o número chegue a
10.870, 27% mais do que em 2003.
Mesmo assim, o Brasil ainda
tem pelo menos 62,5 mil pessoas
na fila. "O principal gargalo hoje é
a obtenção de doadores", disse o
ministro Humberto Costa (Saúde), ao participar do lançamento
da campanha de doação de órgãos que vai de hoje a 9 de janeiro.
Para angariar doadores, as peças falam do "recomeço" da vida
dos transplantados. A campanha
cita que o Brasil é o país que mais
transplanta por meio de programas públicos no mundo. Segundo dados oficiais, o país só perderia em número total de transplantes, entre públicos e privados, para os EUA. Atualmente, 92% dos
transplantes de órgãos feitos no
Brasil são pagos pelo SUS.
Além das campanhas, o Ministério da Saúde aposta na ampliação das comissões intra-hospitalares de captação de órgãos em
hospitais com UTI do tipo 2 ou 3
(centros de referência para urgência e emergência e hospitais transplantadores). Hoje, existem 487.
As comissões identificam potenciais doadores -pacientes
com morte cerebral- e abordam
suas famílias. As comissões auxiliam ainda no processo de retirada e transporte de órgãos e equipes para onde o receptor está.
Segundo o coordenador-geral
do Sistema Nacional de Transplantes, Roberto Schlindwein, a
ampliação das comissões será decisiva para chegar à meta estabelecida de, até 2007, zerar a lista de
espera por uma córnea e reduzir
pela metade a fila dos que aguardam por um transplante de medula óssea e órgãos sólidos.
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