São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

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Similar é maioria no Farmácia Popular

DA REPORTAGEM LOCAL

O programa Farmácia Popular, carro-chefe do Ministério da Saúde na área de medicamentos, utiliza majoritariamente remédios similares -aqueles que não são obrigados a apresentar teste comprovando o mesmo efeito, e no mesmo intervalo de tempo, do medicamento de marca.
Na semana passada a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cancelou 130 registros de remédios similares e suspendeu outros 30, tudo por causa da ausência do teste.
Os similares retirados do mercado e os que foram suspensos fazem parte do grupo que tem janela terapêutica estreita -aqueles em que a dosagem terapêutica é muito próxima da dosagem tóxica. As empresas tiveram um ano e meio para se ajustar. Até 2014, todos os similares no mercado terão de passar pelo teste.
Segundo Jamaira Giora, coordenadora nacional do Farmácia Popular, 72% dos 88 medicamentos do programa são similares. Ela diz esperar, no futuro, maior participação de fabricantes de genéricos, que passam pelo teste.
A medida da Anvisa de retirar alguns similares do mercado obrigou o Farmácia Popular -que vende medicamentos a preço de custo ou subsidiados pelo governo -a substituir dois produtos da lista.
"Acredito que boa parte [dos similares restantes], quando testados, demonstrarão que são adequados", diz o diretor-presidente da Anvisa, Cláudio Maierovitch.
A retirada de medicamentos similares irá encarecer as compras, afirmou ontem a Alanac, que reúne os laboratórios nacionais, principais fabricantes dos similares. (FABIANE LEITE)


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