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Similar é
maioria no
Farmácia
Popular
DA REPORTAGEM LOCAL
O programa Farmácia Popular,
carro-chefe do Ministério da Saúde na área de medicamentos, utiliza majoritariamente remédios
similares -aqueles que não são
obrigados a apresentar teste comprovando o mesmo efeito, e no
mesmo intervalo de tempo, do
medicamento de marca.
Na semana passada a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) cancelou 130 registros
de remédios similares e suspendeu outros 30, tudo por causa da
ausência do teste.
Os similares retirados do mercado e os que foram suspensos fazem parte do grupo que tem janela terapêutica estreita -aqueles
em que a dosagem terapêutica é
muito próxima da dosagem tóxica. As empresas tiveram um ano e
meio para se ajustar. Até 2014, todos os similares no mercado terão
de passar pelo teste.
Segundo Jamaira Giora, coordenadora nacional do Farmácia
Popular, 72% dos 88 medicamentos do programa são similares. Ela
diz esperar, no futuro, maior participação de fabricantes de genéricos, que passam pelo teste.
A medida da Anvisa de retirar
alguns similares do mercado
obrigou o Farmácia Popular
-que vende medicamentos a
preço de custo ou subsidiados pelo governo -a substituir dois
produtos da lista.
"Acredito que boa parte [dos similares restantes], quando testados, demonstrarão que são adequados", diz o diretor-presidente
da Anvisa, Cláudio Maierovitch.
A retirada de medicamentos similares irá encarecer as compras,
afirmou ontem a Alanac, que reúne os laboratórios nacionais,
principais fabricantes dos similares.
(FABIANE LEITE)
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