São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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Polícia pedirá quebra do sigilo bancário de escola de samba que está sob investigação

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil vai pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário da escola de samba Império da Casa Verde, bicampeã do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo. A agremiação é investigada por suspeita de receber dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Grampos telefônicos autorizados pela Justiça flagraram, segundo a polícia, três membros da agremiação carnavalesca planejando ações criminosas com Sidney Rogério de Moraes, 39, apontado como tesoureiro da facção na zona norte da capital. Com ele, o PCC movimentaria até R$ 500 mil mensais.
Moraes foi preso no último sábado com Alexandre Constantino Furtado, 34, Rogério Sevilha Silva, 26, e Fábio Franco de Oliveira, 23, que seriam diretores da escola de samba.
Ao todo, 11 pessoas foram indiciadas, sendo nove presas, por envolvimento com a quadrilha de Moraes. A pedido dos advogados dos acusados, a polícia também irá solicitar que o inquérito siga em segredo.
"Três integrantes da Império mantinham contato com o arrecadador do PCC. Queremos saber se a agremiação também recebe dinheiro da facção para o seu Carnaval. Por isso vamos pedir, sim, a quebra do sigilo bancário", declarou Darci Sassi, delegado da 4ª Seccional, na Casa Verde (zona norte).
O diretor-geral da escola de samba, Júnior Marques, negou que os três homens sejam diretores da Império, mas admitiu que eles trabalharam na agremiação. "O dinheiro que entra na Império é lícito e legal", havia dito Marques, anteontem.
Segundo o delegado Fábio do Amaral Alcântara, do SIG (Setor de Investigações Gerais), ele também será ouvido pela polícia. "Quero saber por que ele presenteou o Alexandre com um relógio de R$ 18 mil."


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