São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2007

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SP terá sensor para identificar carro poluente

Prefeitura diz que usará equipamento para convocar os veículos mais poluentes para avaliação em 2008

AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de adiar a inspeção veicular de carros movidos a gasolina, álcool e gás para 2009, a Prefeitura de SP disse que irá aproveitar um equipamento de sensoriamento remoto para convocar os veículos mais poluentes da cidade a passar pela avaliação ainda em 2008.
A administração municipal, entretanto, não explica se o motorista convocado será obrigado a fazer a inspeção nem se será punido caso não atenda ao chamado da prefeitura.
O sensoriamento remoto faz a medição, por meio de raios infravermelhos e ultravioletas, da emissão de poluentes dos veículos. Seu principal objetivo é comparar as emissões de poluição no período pré-inspeção com os resultados após o início da fiscalização para verificar os avanços. O equipamento passa, numa van, por diferentes pontos da capital. Não é aplicada multa para quem emite poluentes acima do permitido.
"Podemos aproveitar o sensoriamento remoto para identificar os veículos muito poluidores e convocá-los para fazer a inspeção", diz Ivan Azevedo, presidente da Controlar (concessionária responsável pela fiscalização).
Apenas os veículos a diesel -cerca de 400 mil na cidade- serão obrigados a passar pela inspeção em 2008. Mas o secretário Eduardo Jorge (Verde e Meio Ambiente) diz que, "dependendo da capacidade de implantação da empresa [Controlar]", veículos que não usam diesel podem ser incluídos na inspeção em 2008. Sua pasta afirma que a proposta de utilizar o sensoriamento remoto para a escolha dos veículos foi discutida, mas ainda não está definida a forma de seleção.
O motorista terá de pagar R$ 52,89 para realizar a inspeção.
O pagamento será feito no licenciamento e a prefeitura diz que reembolsará o cidadão. Depois de pagar, o dono do veículo tem de fazer a vistoria em 90 dias ou não poderá fazer o licenciamento seguinte. Os reprovados têm 30 dias para providenciar o conserto do carro.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que não há uma proposta final para o reembolso. "Temos prazo até o início do licenciamento, que é maio. (...) Estamos fazendo simulações."


Colaborou EVANDRO SPINELLI, da Reportagem Local


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