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Grupo se reúne no parque Ibirapuera para observar pássaros e seus ninhos
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
São 10h do domingo e um
grupo de nove pessoas munidas de binóculos, máquinas
fotográficas e bloquinhos de
anotação se encontram no
parque Ibirapuera. Eles participarão de uma atividade
conhecida na Europa e nos
EUA como "birdwatching",
que significa, em português,
observar pássaros.
No caso específico do grupo, o foco do programa serão
ninhos de passarinho.
O encontro foi proposto
pela livraria da Vila e pela
editora Terceiro Nome, que
acaba de relançar o livro
"Berços da Vida Ninhos de
Aves Brasileiras", de Dante
Buzzetti e Silvestre Silva.
"Há dez anos, essa atividade de observar aves não existia no Brasil", afirma Dante.
Ele diz que, na Itália, em um
bosque comum, podem ser
vistas 15 espécies de pássaros. Aqui, num parque ou
bosque, a quantidade sobe
para 500, segundo Dante.
Questionado pelo grupo
sobre como achar um ninho,
ele explica: "O melhor é observar a ave, ver se ela está
catando material para construir o ninho ou para levar
para os filhotes e esperar para ver aonde ela vai".
O grupo caminha e, uma
hora depois e alguns ninhos
observados, dois ninhos de
pica-pau são encontrados
em uma árvore conhecida
como chapéu-de-napoleão.
Dante explica que, para saber se está ativo, basta reparar se a abertura da cavidade
do ninho está limpa.
A advogada Betina Pachelli de Carvalho, 50, deixou os
processos de lado para participar pela primeira vez de
uma observação em grupo.
Ela já costumava andar por
parques à procura de aves,
mas sempre sozinha. "Onde
eu moro tem muito passarinho. Eu coloco água, converso com eles, aí, me interessei
pelo passeio, gosto de conhecer mais os passarinhos."
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