São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2007

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Moradores desalojados não conseguem retomar a rotina

CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL

Os moradores desalojados tiveram uma segunda-feira, no mínimo, atípica. Hospedados em hotéis, com poucos pertences e sem saber o destino de suas casas, muitos não conseguiram ir trabalhar.
A restauradora Adriana Azevedo não agüentou ficar no seu ateliê. "Passei por lá, mas com essa confusão não pude trabalhar." Hoje, ela vai alternar com o marido, técnico em prótese dentária: ela trabalha e ele não. Às 14h ele vai com membros da Defesa Civil avaliar sua casa, na rua Gilberto Sabino.
O corretor de imóveis Antonio Manuel Dias Teixeira também não trabalhou ontem. "Você não tem cabeça porque não sabe seu futuro."
A técnica em seguros Simone Rocha contou com a compreensão da diretora. "Me dispensaram para resolver as coisas." Ela diz que a dificuldade para voltar à rotina também é psicológica. "Você perde seu ponto de referência. Pensa: caramba, estou sem casa!"
Os moradores sofrem sem os seus pertences. Maria do Carmo Medeiros Moreira, 72, foi avisada de que sua casa seria demolida e não pôde entrar para retirar o que tinha dentro. "Tem coisas que não há dinheiro que pague."
Autoridades disseram, em reunião com moradores, que todos os imóveis serão avaliados até hoje e classificados entre liberados, parcialmente interditados e inteiramente interditados. Cinco imóveis comerciais foram liberados.


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