|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Moradores desalojados não conseguem retomar a rotina
CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL
Os moradores desalojados tiveram uma segunda-feira, no
mínimo, atípica. Hospedados
em hotéis, com poucos pertences e sem saber o destino de
suas casas, muitos não conseguiram ir trabalhar.
A restauradora Adriana Azevedo não agüentou ficar no seu
ateliê. "Passei por lá, mas com
essa confusão não pude trabalhar." Hoje, ela vai alternar com
o marido, técnico em prótese
dentária: ela trabalha e ele não.
Às 14h ele vai com membros da
Defesa Civil avaliar sua casa, na
rua Gilberto Sabino.
O corretor de imóveis Antonio Manuel Dias Teixeira também não trabalhou ontem. "Você não tem cabeça porque não
sabe seu futuro."
A técnica em seguros Simone
Rocha contou com a compreensão da diretora. "Me dispensaram para resolver as coisas." Ela diz que a dificuldade
para voltar à rotina também é
psicológica. "Você perde seu
ponto de referência. Pensa: caramba, estou sem casa!"
Os moradores sofrem sem os
seus pertences. Maria do Carmo Medeiros Moreira, 72, foi
avisada de que sua casa seria
demolida e não pôde entrar para retirar o que tinha dentro.
"Tem coisas que não há dinheiro que pague."
Autoridades disseram, em
reunião com moradores, que
todos os imóveis serão avaliados até hoje e classificados entre liberados, parcialmente interditados e inteiramente interditados. Cinco imóveis comerciais foram liberados.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Força Nacional prepara "cinturão" no Rio Índice
|