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AMBIENTE
Grupo se manifesta contra indústria que supostamente polui rios
Membros do Greenpeace se acorrentam a barris em protesto
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
Sete militantes da organização
ambientalista Greenpeace se prenderam ontem com correntes a
barris que contêm supostas substâncias tóxicas recolhidas do complexo industrial da empresa Dow
Química, no Guarujá (SP).
A manifestação ocorreu no terminal marítimo da empresa, na
margem esquerda do porto de
Santos. Os ativistas chegaram em
botes e barcos levando os barris,
cujo conteúdo foi coletado de um
cano que desemboca em um rio.
O objetivo do protesto, segundo
eles, era fazer uma devolução simbólica do material à empresa, que
estaria poluindo rios e mangues
do Guarujá (SP) com o produto.
O coordenador de campanhas
do Greenpeace no Brasil, Délcio
Rodrigues, disse que a entidade
iria promover um rodízio de militantes acorrentados perto do terminal marítimo até que a Dow
Química assumisse o compromisso de não mais lançar resíduos industriais líquidos nas águas.
O gerente de Saúde, Segurança e
Meio Ambiente da Dow Química,
Luiz Mello, disse que a empresa
não iria assumir o compromisso
porque as acusações do Greenpeace, segundo ele, não têm fundamento. Mello disse que o local de
onde o Greenpeace diz ter recolhido amostras é uma tubulação de
escoamento de águas pluviais.
Ele disse que os resíduos da empresa são monitorados pela Cetesb e não representam ameaça
porque antes de serem descartados passam por tratamento. Segundo Rodrigues, a análise das
amostras, feita em laboratório a
pedido do Greenpeace, indicou a
presença nos rios próximos à empresa de substâncias cancerígenas.
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