São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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AMBIENTE
Grupo se manifesta contra indústria que supostamente polui rios
Membros do Greenpeace se acorrentam a barris em protesto

FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

Sete militantes da organização ambientalista Greenpeace se prenderam ontem com correntes a barris que contêm supostas substâncias tóxicas recolhidas do complexo industrial da empresa Dow Química, no Guarujá (SP).
A manifestação ocorreu no terminal marítimo da empresa, na margem esquerda do porto de Santos. Os ativistas chegaram em botes e barcos levando os barris, cujo conteúdo foi coletado de um cano que desemboca em um rio.
O objetivo do protesto, segundo eles, era fazer uma devolução simbólica do material à empresa, que estaria poluindo rios e mangues do Guarujá (SP) com o produto.
O coordenador de campanhas do Greenpeace no Brasil, Délcio Rodrigues, disse que a entidade iria promover um rodízio de militantes acorrentados perto do terminal marítimo até que a Dow Química assumisse o compromisso de não mais lançar resíduos industriais líquidos nas águas.
O gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Dow Química, Luiz Mello, disse que a empresa não iria assumir o compromisso porque as acusações do Greenpeace, segundo ele, não têm fundamento. Mello disse que o local de onde o Greenpeace diz ter recolhido amostras é uma tubulação de escoamento de águas pluviais.
Ele disse que os resíduos da empresa são monitorados pela Cetesb e não representam ameaça porque antes de serem descartados passam por tratamento. Segundo Rodrigues, a análise das amostras, feita em laboratório a pedido do Greenpeace, indicou a presença nos rios próximos à empresa de substâncias cancerígenas.



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