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Cheia atinge 2.000 pessoas em Sumaré
LUCIANO CALAFIORI
free-lance para a Folha Campinas
A segunda enchente em nove
dias do ribeirão Quilombo, em Sumaré (130 km de São Paulo) atingiu 2.000 pessoas ontem. As famílias atingidas estão distribuídas
em nove bairros da cidade.
Um grupo de 170 pessoas foi alojado no ginásio do Centro Esportivo Municipal, metade delas é formada por crianças, segundo levantamento do Debes (Departamento de Bem-estar Social).
Cerca de cem famílias na região
de Ribeirão Preto já foram desabrigadas pela cheia do rio Mogi
Guaçu nos últimos dois dias.
O nível do rio subiu esta semana
e pessoas que moram em ranchos
estão com as casas inundadas. Os
municípios mais atingidos são
Barrinha, Pitangueiras, Guatapará
e Pradópolis.
Só no município de Barrinha,
cerca de 60 ranchos já foram atingidos pela água. A prefeitura está
retirando as famílias de barco.
A maior parte dos desabrigados
está indo para casas de familiares e
amigos. Três famílias estão alojadas em um ginásio municipal de
esportes da cidade.
Em Pitangueiras, cerca de 200
pessoas do bairro Vale do Mogi,
próximo à antiga estação da Fepasa, estão isoladas da cidade.
O município de Sumaré está em
estado de calamidade pública desde a manhã do dia 7, quando ocorreu a primeira enchente do ano.
A enchente do ribeirão Quilombo começou à 1h de ontem e obrigou os moradores do Jardim São
Domingos (região central) a deixar suas casas em barcos utilizados pelo Corpo de Bombeiros.
Pela manhã, os moradores que
se arriscaram a cruzar a rua principal do bairro foram atingidos
por água na altura do pescoço.
A dona-de-casa Linalva Ribeiro
da Silva, 35, colocou seu televisor
e sua geladeira em cima da cama,
tipo beliche, mas, mesmo assim, a
água molhou tudo. "Dentro de
casa, a água estava no pescoço.
Tudo que compramos em um ano
perdemos em um dia", afirmou.
Os seus quatro filhos estão nas
casas de amigos e parentes.
A enchente no Quilombo obrigou o DAE (Departamento de
Água e Esgoto) a interromper por
seis horas a captação de água no
rio Atibaia. Até as 17h, nenhum
bairro havia ficado sem abastecimento de água potável.
Segundo a diretoria do DAE, se
os moradores não economizarem
água, deve haver falta em locais
mais altos da cidade.
A cheia no Quilombo obrigou o
DOV (Departamento de Obras e
Viação) a interditar uma das pontes de acesso à região central de
Sumaré.
Durante todo o dia, foram registrados pelo menos dois quilômetros de trânsito lento nas ruas próximas ao local.
Colaborou a
Folha Ribeirão
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