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Tática de perueiro faz PM mudar atuação
da Reportagem Local
A eficiência do sistema de comunicação dos perueiros da região do Jabaquara (zona sudoeste) forçou o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) a
mudar ontem a forma de operação na blitz em conjunto com a
SPTrans.
Os policiais iniciaram a operação como fizeram ontem na zona
sul. Fizeram bloqueios em avenidas da região, incluindo áreas
próximas a estações de metrô,
mas as peruas praticamente desapareceram, avisadas por meio dos
rádios PX.
Devido à ineficiência do modo
de operação, os policiais se dividiram em dois blocos menores e
passaram a fazer uma varredura
nas principais avenidas da região,
como a Cupecê, Vicente Rao e Armando Arruda Pereira.
Ao final da operação na parte da
manhã, cinco lotações haviam sido apreendidas pela SPTrans.
Duas delas ainda receberam multas do CPTran por estarem desrespeitando ainda dispositivos do
Código Brasileiro de Trânsito.
A escassez de vans era tanta que,
na avenida Armando Arruda Pereira, policiais atravessaram a
avenida com revólveres em punho e obrigaram um perueiro a
parar.
Assim que ele desligou o veículo, abaixaram as armas e o revistaram. A abordagem foi criticada
pelos passageiros.
"Se o motorista não parasse, a
gente corria risco de ser ferido. A
PM deveria rever esse negócio de
levantar a arma", disse o professor Roberto Andrade, 32, passageiro da linha clandestina Jabaquara-Jardim São Jorge.
A perua em que estava foi
apreendida e ele teve que pegar
outra condução. Andrade afirma
que toma as lotações por serem
mais baratas (cobram R$ 1,00) e
porque o transporte público oficial na região é muito ruim.
Segundo policiais que participavam da operação, a forma de
abordagem do CPTran vai mudar
toda vez que for necessário até para evitar que os bloqueios e os
pontos fiscalizados fiquem conhecidos dos perueiros.
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