São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Não tenho nada com isso, diz sargento investigado

Suspeito de integrar grupo de extermínio diz que pode ser "vítima de perseguição"

DA REPORTAGEM LOCAL

O sargento José Rivanildo da Silva Sá, um dos investigados pela Corregedoria da PM por suspeita de integrar um grupo de extermínio e de ligação com o assassinato do coronel José Hermínio Rodrigues, disse ontem à Folha que "pode ser vítima de uma perseguição porque é um policial atuante".
"Sou um policial que trabalha forte, não fico escondido, por isso posso ter tido o meu nome ligado ao crime. Mas não tenho nada com isso. Nem eu nem os outros dois policiais citados por você", disse o policial, que afirmou não ter autorização para falar com a imprensa.
Sá afirmou, ainda, que seu advogado se manifestaria sobre a investigação contra ele, mas isso não ocorreu ontem.
O Comando Geral da PM foi procurado ontem para se manifestar sobre o conteúdo do Inquérito Policial Militar que investiga a ação do suposto grupo de extermínio na zona norte, mas não se pronunciou.
Flagrado nas escutas quando tentava rastrear dados de sete suspeitos de crimes na zona norte, o soldado Paschoal dos Santos Lima está preso no Presídio Especial Romão Gomes, na zona norte, e a Folha não tem acesso a ele. Seu advogado também não foi localizado.
O coronel José Paulo Menegucci, comandante da Corregedoria da PM, afirmou desconhecer o inquérito aberto para investigar a ação de Lima e dos sargentos Lelces André Pires de Moraes Júnior e José Rivanildo da Silva Sá. Ele, porém, assina o inquérito policial.
Menegucci disse que só poderia se manifestar com autorização do Comando Geral da PM e que todos os policiais suspeitos de ligação com o assassinato do coronel José Hermínio Rodrigues, com exceção do soldado Lima, foram liberados pela corregedoria anteontem e voltaram às ruas da zona norte.
Desde a morte do coronel, há um mês, ao menos 20 PMs de batalhões da zona norte, todos suspeitos de ligação com o crime, cumpriam expediente administrativo na corregedoria. Eles se apresentavam às 7h e só eram liberados às 19h. (AC)


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