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Dengue mais letal sobe 500% no Rio
Foram 42 registros do tipo hemorrágico -o mais grave- em janeiro, contra sete no mesmo período de 2007
Secretaria põe em prática plano de contingência -há mais hospitais para atender os casos e duas ambulâncias para pacientes mais graves
DA SUCURSAL DO RIO
Os casos de dengue hemorrágica no Rio de Janeiro explodiram no primeiro mês deste ano,
de acordo a Secretaria Estadual
de Saúde. Foram 42 notificações do tipo mais grave da
doença em janeiro, contra 7 no
mesmo período de 2007.
A elevação no número de casos fez com que a secretaria iniciasse um plano de contingência para enfrentar a doença.
Entre as ações está o aumento
da quantidade de hospitais de
referência para o atendimento
da dengue -a secretaria mantém ainda duas ambulâncias de
prontidão para atender casos
de doentes mais graves.
"Ainda não chegamos ao
ponto de uma epidemia, mas o
número de casos mais violentos de fato aumentou. A secretaria está se antecipando ao tomar essas medidas", afirmou o
superintendente de Vigilância
em Saúde, Victor Berbara.
Segundo a secretaria, o aumento no número de casos
mais "violentos" se deve à entrada do vírus tipo 2. Na epidemia de 2002, muitos tiveram
contato com o tipo 3 da dengue,
o que aumentou a chance de casos mais violentos nos anos seguintes. O contato com dois tipos de vírus da doença eleva a
possibilidade de evolução para
o tipo hemorrágico -os sintomas podem confundir, pois se
parecem com o de virose.
Neste ano, os mortos em decorrência da doença podem
chegar a 14 -dois casos estão
confirmados e 12 em investigação. Em 2007, foram três casos.
Berbara relativizou o crescimento registrado no primeiro
mês do ano. Afirmou que a secretaria está investindo na investigação de novos casos.
Todos os casos da doença foram registrados na região metropolitana. Dos 42 casos, 28
foram registrados em Duque de
Caxias, Baixada Fluminense.
O secretário municipal de
Saúde, Oscar Berro, diz que o
crescimento se deve ao "rigor"
com que as notificações são feitas. "As notificações podem relatar casos evidentes, com suspeitas fortes e leves. Prefiro ser
rigoroso e caracterizar até o caso leve. Esse é o critério preconizado pela OMS [Organização
Mundial de Saúde] e o Ministério da Saúde. Eu não quero descobrir um caso quando ele gerar um óbito", afirmou.
O Estado registrou em janeiro 3.376 casos de dengue. Houve aumento de 5,7% em relação
ao ano passado. A região metropolitana da capital foi a responsável pelo aumento. No ano
passado, a região acumulava
43,4% dos casos estaduais -em
2008, são 78,9%.
"As chuvas e temporais que
atingiram esses municípios dificultaram muito o combate.
Nós estamos lutando contra
um mosquito que tem uma capacidade de reprodução muito
grande", afirmou Berbara.
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