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Outro lado
Fundação Casa e prefeitura divergem sobre atraso na construção de acesso
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fundação Casa, do governo
José Serra (PSDB), e a Prefeitura de Jacareí, de Marco Aurélio
de Souza (PT), trocam acusações sobre a que órgão cabe a
responsabilidade pelo atraso
na construção de um acesso à
nova unidade para infratores.
Para a presidente da Febem,
Berenice Gianella, que se manifestou por meio de nota, "a Prefeitura de Jacareí, lamentavelmente, não conseguiu cumprir
um acordo escrito firmado com
o governo do Estado pelo qual o
município havia se comprometido a construir o acesso".
Gianella afirma que, embora
o acordo tenha sido assinado
em dezembro de 2005 pelas
partes, o Estado desistiu de
aguardar providências da prefeitura e decidiu pagar a obra
com recursos próprios, para
que não haja mais atraso na
abertura da unidade.
De acordo com Gianella, a
previsão é que a unidade de Jacareí seja inaugurada ainda
neste semestre, 45 dias depois
de encerrada a licitação -que,
segundo ela, já foi aberta- para
a obra, estimada pelos técnicos
em cerca de R$ 600 mil.
A obra será tocada pela CPOS
(Companhia Paulista de Obras
e Serviços), uma empresa ligada ao governo de São Paulo, que
subcontrata empreiteiras.
Segundo a presidente da fundação, foi elaborado um projeto
que está sendo avaliado pela
ANTT (Agência Nacional de
Transportes Terrestres), que
não confirma essa versão.
Farpas
O secretário de Infra-estrutura de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, disse estar irritado
com a versão dada por Gianella
para o impasse em relação à
obra na cidade.
"Não é possível que ela [Gianella] fale isso. Ou está mal-informada ou é mal-intencionada, só pode ser isso", declarou
Mota, que é pré-candidato a
prefeito de Jacareí.
De acordo com o secretário, a
prefeitura sempre se dispôs a
obter um terreno e depois aceitou pagar a obra do acesso, mas
os valores subiram depois que a
ANTT analisou o projeto e determinou que fossem feitas várias adaptações.
"Nunca deixamos de cumprir
o acordo, tanto que nós mandamos o projeto para a ANTT, só
que a prefeitura não tem condições de bancar um gasto tão alto. Esperaríamos gastar uns R$
300 mil, R$ 400 mil, mas ficou
em muito mais", disse Mota.
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