São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Outro lado

Fundação Casa e prefeitura divergem sobre atraso na construção de acesso

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Casa, do governo José Serra (PSDB), e a Prefeitura de Jacareí, de Marco Aurélio de Souza (PT), trocam acusações sobre a que órgão cabe a responsabilidade pelo atraso na construção de um acesso à nova unidade para infratores.
Para a presidente da Febem, Berenice Gianella, que se manifestou por meio de nota, "a Prefeitura de Jacareí, lamentavelmente, não conseguiu cumprir um acordo escrito firmado com o governo do Estado pelo qual o município havia se comprometido a construir o acesso".
Gianella afirma que, embora o acordo tenha sido assinado em dezembro de 2005 pelas partes, o Estado desistiu de aguardar providências da prefeitura e decidiu pagar a obra com recursos próprios, para que não haja mais atraso na abertura da unidade.
De acordo com Gianella, a previsão é que a unidade de Jacareí seja inaugurada ainda neste semestre, 45 dias depois de encerrada a licitação -que, segundo ela, já foi aberta- para a obra, estimada pelos técnicos em cerca de R$ 600 mil.
A obra será tocada pela CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços), uma empresa ligada ao governo de São Paulo, que subcontrata empreiteiras.
Segundo a presidente da fundação, foi elaborado um projeto que está sendo avaliado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que não confirma essa versão.

Farpas
O secretário de Infra-estrutura de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, disse estar irritado com a versão dada por Gianella para o impasse em relação à obra na cidade.
"Não é possível que ela [Gianella] fale isso. Ou está mal-informada ou é mal-intencionada, só pode ser isso", declarou Mota, que é pré-candidato a prefeito de Jacareí.
De acordo com o secretário, a prefeitura sempre se dispôs a obter um terreno e depois aceitou pagar a obra do acesso, mas os valores subiram depois que a ANTT analisou o projeto e determinou que fossem feitas várias adaptações.
"Nunca deixamos de cumprir o acordo, tanto que nós mandamos o projeto para a ANTT, só que a prefeitura não tem condições de bancar um gasto tão alto. Esperaríamos gastar uns R$ 300 mil, R$ 400 mil, mas ficou em muito mais", disse Mota.


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