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Pacientes são mais autônomos em "casa terapêutica"
DA REPORTAGEM LOCAL
No último dia 13, Benedito
Lúcio dos Santos, 49, 14 dos
quais no Juquery, completou
um ano com Cidinha. Ambos
vivem dentro de casas do Juquery, fora das enfermarias.
Não teve festa. "Comemoramos entre a gente."
As cinco casas que, no século
20, abrigavam médicos, hoje
são residências de 34 pacientes
com alto grau de autonomia.
"Aqui vivemos liberalmente",
diz o marceneiro Santos, que
divide a casa com cinco amigos.
"Tá vendo o telefone? A linha
sou eu que pago."
Mas o programa do Juquery
ainda não foi cadastrado no
SUS. A coordenadora de psiquiatria do Juquery, Maria Alice Scardoelli, diz que, apesar de
tudo pronto, o momento de reformas não é o melhor.
As residências terapêuticas
parecem ser o futuro do sistema psiquiátrico, na esteira de
uma portaria de 2000 que prevê a substituição da "internação psiquiátrica prolongada".
Outro avanço foi o Centro de
Atenção Psicossocial, que já
são 1.253, onde os pacientes ficam por até 72 horas e voltam à
família. "Precisamos chegar a
2.000 deles", diz Pedro Delgado, coordenador de saúde mental do Ministério da Saúde.
As residências terapêuticas
já são 580 no país.
"Há um cenário em que o
país substituirá o modelo asilar
e aumentará a qualidade de vida", diz Delgado.
(WV)
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