São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Pacientes são mais autônomos em "casa terapêutica"

DA REPORTAGEM LOCAL

No último dia 13, Benedito Lúcio dos Santos, 49, 14 dos quais no Juquery, completou um ano com Cidinha. Ambos vivem dentro de casas do Juquery, fora das enfermarias. Não teve festa. "Comemoramos entre a gente."
As cinco casas que, no século 20, abrigavam médicos, hoje são residências de 34 pacientes com alto grau de autonomia. "Aqui vivemos liberalmente", diz o marceneiro Santos, que divide a casa com cinco amigos. "Tá vendo o telefone? A linha sou eu que pago."
Mas o programa do Juquery ainda não foi cadastrado no SUS. A coordenadora de psiquiatria do Juquery, Maria Alice Scardoelli, diz que, apesar de tudo pronto, o momento de reformas não é o melhor.
As residências terapêuticas parecem ser o futuro do sistema psiquiátrico, na esteira de uma portaria de 2000 que prevê a substituição da "internação psiquiátrica prolongada".
Outro avanço foi o Centro de Atenção Psicossocial, que já são 1.253, onde os pacientes ficam por até 72 horas e voltam à família. "Precisamos chegar a 2.000 deles", diz Pedro Delgado, coordenador de saúde mental do Ministério da Saúde.
As residências terapêuticas já são 580 no país.
"Há um cenário em que o país substituirá o modelo asilar e aumentará a qualidade de vida", diz Delgado. (WV)


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