ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O filho de libaneses William Karam tinha 12 anos quando começou a trabalhar de guardinha no Sesi de Jaboticabal, no interior de São Paulo. Em 1995, aos 61, William se aposentou no Sesi de Franca, também no interior do Estado. Era gerente.
Após ter se desligado da entidade à qual dedicou boa parte da vida, passou a exercer a advocacia -em 1977, formara-se pela Faculdade de Direito de Franca.
"Ele tinha dois grandes hobbies: ficar na cozinha fazendo comidas árabes e ir ao escritório despachar", diz Silvânia, sua última mulher.
Natural de São José do Rio Preto (SP), William foi casado três vezes. A primeira união, que resultou em três filhos, durou 16 anos e foi encerrada por um divórcio.
O segundo casamento, de 25 anos, acabou quando a mulher morreu após passar por uma cirurgia de coração, há cerca de dez anos. Com ela, teve o quarto filho.
Um ano depois, veio a terceira mulher. O último casamento durou até terça, quando William morreu aos 74, em Franca, em decorrência de um tumor no pulmão.
Fumante, mas não em excesso, como garante Silvânia, William já sabia o que era lutar contra uma doença. Há cerca de 20 anos, descobriu um câncer na bexiga, que conseguiu vencer.
Sua saúde, porém, não permaneceu estável do primeiro ao último câncer: tinha diabetes e sofria de insuficiência renal. Deixa quatro netos.

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