São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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Mulher que namorou aluna é solta e diz estar arrependida

Para TJ, que concedeu habeas corpus, prisão em flagrante foi ilegal

DIANA BRITO
DO RIO

A professora de matemática Cristiane Barreiras, 33, condenada a 12 anos de prisão por ter namorado uma aluna de 13 anos, deixou o presídio Bangu 7, na zona oeste do Rio, ontem.
Cristiane dava aulas em uma escola municipal em Realengo. Ela foi condenada por estupro de vulnerável (ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos).
"Eu me arrependo amargamente", disse Cristiane, que foi solta graças a um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça na quinta.
Os desembargadores entenderam que sua prisão em flagrante foi ilegal. A defesa argumentou que seus familiares teriam ligado para a polícia dizendo que ela se entregaria. Receberam então a orientação para que ela esperasse até que eles fossem "escoltá-la" até a delegacia. Lá, teriam registrado a prisão como flagrante.
"Não estou livre, mas à disposição da Justiça", disse. Ela afirmou ainda que estava com saudade do marido, que a visitou várias vezes na prisão, e dos pais.
A professora deixou a prisão ao lado dos advogados e de duas presidiárias.
Os advogados dela vão entrar na Justiça com uma apelação contra a sentença. Outro recurso será impetrado para que ela volte a lecionar em escolas do Estado.
Na sentença de condenação, o juiz afirmou que a acusada não negou o relacionamento com a menor. À Justiça, a aluna declarou que "sentia um grande amor pela acusada" e que pretendia viver com ela para toda a vida.
O Ministério Público tinha até ontem para recorrer da decisão na Justiça. Até o fechamento desta edição, o registro não havia sido feito.


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