São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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Milícia cobrava 30% sobre a venda de casas

DO RIO

A Operação Guilhotina, da Polícia Federal, apreendeu parte da contabilidade da milícia de Ramos, na zona norte do Rio.
Os papéis mostram que os criminosos cobravam taxa de 30% sobre a venda de casas na região.
Os moradores também eram obrigados a pagar R$ 30 por mês aos milicianos em troca de "proteção".
Eles cobravam ainda por TV a cabo clandestina, entrega de água e gás
O grupo criminoso, de acordo com a PF, era apoiado pelo delegado Carlos Antonio Luiz de Oliveira, ex-subchefe Operacional da Polícia Civil e, por mais de um ano, braço direito de Allan Turnowski, que deixou o comando da corporação ontem.
Preso na operação, Oliveira nega envolvimento com milícia ou desvios de armas apreendidas.
Segundo a investigação da PF, a milícia de Ramos era conhecida como Bonde do Afonso, em referência o suposto chefe do grupo, o policial militar da reserva Ricardo Afonso Fernandes, que está preso.
A Folha não conseguiu localizar o advogado dele.
A PF diz que os policiais usavam armas e viaturas em ações dos milicianos nas favelas Roquete Pinto e Borgauto, em Ramos.
Segundo a investigação, o chefe da milícia ordenou que policiais envolvidos na ocupação do Complexo do Alemão, em novembro, desviassem armas e bens de traficantes. (HUDSON CORRÊA E DIANA BRITO)


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