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Polícia desbarata um "disque-droga"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma quadrilha que fazia serviço de entrega de drogas em domicílio em vários bairros foi presa
ontem no Rio. Segundo a polícia,
os sete presos têm mais de 30
anos, eram de classe média e movimentavam com o negócio cerca
de R$ 30 mil por mês.
"O perfil destes criminosos é
muito diferente dos traficantes
das favelas. Alguns possuem até
nível superior", afirmou o delegado Gilberto da Cruz Ribeiro.
A droga era estocada e embalada em apartamentos de Copacabana, de Botafogo (zona sul), da
Tijuca (zona norte) e do centro.
Os pedidos eram feitos por telefones celulares. "O bando era muito
bem organizado e um dos principais "disque-drogas" na cidade",
afirmou Ribeiro.
Ele afirmou que o "serviço" vem
sendo a alternativa mais utilizada
pelos usuários de classe média alta para obter drogas sem correr
riscos nas bocas-de-fumo dos
morros. De acordo com Ribeiro,
foram apreendidos com os documentos de contabilidade do grupo telefones de artistas, médicos e
advogados.
Também foram apreendidos
400 gramas de cocaína, algumas
trouxinhas de maconha, balanças
de precisão, frascos de fermento
em pó, material para embalagem
das drogas e um revólver, além de
seis celulares.
Jorge Augusto Cruz, 50, o Coronel, Marcelo Romão, 32, o General, o espanhol Carlos Alberto
Caspari Ribeiro, o Gringo, 55, Sérgio Szuchmachen, o Camaleone,
33, e sua mulher, Rosemeire Soares Santos, 33, foram presos em
Copacabana. Ronaldo Cardoso, o
Carecone, 45, foi detido na Tijuca
e Carlos Alberto Alves Pereira, o
Vasco, 37, em Botafogo.
Eles foram presos sob a acusação de tráfico de drogas e favorecimento ao tráfico. Um integrante
da grupo continua foragido. A
Folha não conseguiu localizar o
advogado dos acusados.
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