São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2004

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Polícia desbarata um "disque-droga"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma quadrilha que fazia serviço de entrega de drogas em domicílio em vários bairros foi presa ontem no Rio. Segundo a polícia, os sete presos têm mais de 30 anos, eram de classe média e movimentavam com o negócio cerca de R$ 30 mil por mês.
"O perfil destes criminosos é muito diferente dos traficantes das favelas. Alguns possuem até nível superior", afirmou o delegado Gilberto da Cruz Ribeiro.
A droga era estocada e embalada em apartamentos de Copacabana, de Botafogo (zona sul), da Tijuca (zona norte) e do centro. Os pedidos eram feitos por telefones celulares. "O bando era muito bem organizado e um dos principais "disque-drogas" na cidade", afirmou Ribeiro.
Ele afirmou que o "serviço" vem sendo a alternativa mais utilizada pelos usuários de classe média alta para obter drogas sem correr riscos nas bocas-de-fumo dos morros. De acordo com Ribeiro, foram apreendidos com os documentos de contabilidade do grupo telefones de artistas, médicos e advogados.
Também foram apreendidos 400 gramas de cocaína, algumas trouxinhas de maconha, balanças de precisão, frascos de fermento em pó, material para embalagem das drogas e um revólver, além de seis celulares.
Jorge Augusto Cruz, 50, o Coronel, Marcelo Romão, 32, o General, o espanhol Carlos Alberto Caspari Ribeiro, o Gringo, 55, Sérgio Szuchmachen, o Camaleone, 33, e sua mulher, Rosemeire Soares Santos, 33, foram presos em Copacabana. Ronaldo Cardoso, o Carecone, 45, foi detido na Tijuca e Carlos Alberto Alves Pereira, o Vasco, 37, em Botafogo.
Eles foram presos sob a acusação de tráfico de drogas e favorecimento ao tráfico. Um integrante da grupo continua foragido. A Folha não conseguiu localizar o advogado dos acusados.


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