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Defesa diz que conclusão da polícia é precipitada
Advogado de Alexandre e Anna Carolina alega que investigações não terminaram
Defensor do casal diz não estudar possibilidade de ajuizar pedido de habeas corpus preventivo e não temer prisão preventiva
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
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Ricardo Martins (à frente) e Rogério de Sousa, advogados do casal Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
O advogado Marco Polo Levorin, um dos defensores de
Alexandre Alves Nardoni, 29, e
Anna Carolina Trotta Peixoto
Jatobá, 24, desqualificou a conclusão da polícia de que foram
eles os assassinos da menina
Isabella Nardoni. A menina de
cinco anos morreu na noite de
29 de março.
"Não houve o término das investigações, as avaliações periciais ainda não foram concluídas, nós não temos provas periciais que são importantíssimas
para o presente caso. Então,
não temos a conclusão do inquérito policial", disse ele.
"Não sabemos até agora nem a
causa mortis. No nosso entendimento, há uma precipitação",
completou.
Levorin falou com os jornalistas na porta da casa da família Nardoni, no Tucuruvi (zona
norte de São Paulo), onde aconteceu uma reunião entre os advogados do casal. A reunião começou por volta das 13h e terminou perto das 22h.
O advogado disse que não
houve nada de especial nessa
reunião. "Faz parte do trabalho
do advogado falar com seus
clientes", disse.
O advogado afirma não estudar a possibilidade de entrar
com um pedido de habeas corpus preventivo e, também, não
se preocupa com a hipótese de
a polícia entrar com um pedido
de prisão preventiva do casal.
Para ele, a liminar concedida
pelo Tribunal de Justiça na semana passada aponta para a
"precariedade" das provas
apresentadas até agora.
Depoimentos
Sobre eventuais contradições nos depoimentos de Alexandre e Anna Carolina, Levorin disse que as versões dos dois
foram "uníssonas".
No caso das outras testemunhas, o advogado afirmou que
todos os depoimentos precisam ser analisados de forma
conjunta, não isoladamente, já
que as versões das próprias testemunhas se contradizem.
Pela manhã, um dos defensores do casal, Rogério Neres de
Souza, esteve no 9º DP (Carandiru) para buscar as roupas esquecidas por Anna Carolina no
89º DP (Portal do Morumbi)
após a libertação dela na última
sexta-feira.
Ao sair do 9º DP, Sousa afirmou que a defesa negava "peremptoriamente" que o casal
tenha discutido pouco antes da
morte de Isabella, apesar de várias testemunhas terem relatado à polícia que ouviram uma
discussão vinda do apartamento do casal no dia em que a menina morreu.
Os advogados de defesa do
casal afirmaram ontem que é
possível que a roupa do pai contenha vestígios do sangue da
menina, já que ele se aproximou dela para prestar socorro.
Eles voltaram a afirmar que o
casal não teve envolvimento na
morte de Isabella.
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