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"Surtei", diz acusado de esquartejamento
Começou ontem o julgamento de Farah Jorge Farah, acusado de matar e esquartejar a ex-namorada em 2003
DA FOLHA ONLINE
Acusado de matar e esquartejar a paciente e ex-namorada
Maria do Carmo Alves, em
2003, o ex-médico Farah Jorge
Farah afirmou ontem, no tribunal, que foi perseguido e ameaçado pela vítima durante cinco
anos antes de cometer o crime.
"Aquela mulher me atacou e
eu me defendi tanto quanto pude. De lá para cá eu não me lembro. Eu surtei", afirmou.
"Ninguém estava na minha
pele naquele dia. Ninguém estava na minha pele naqueles
cinco anos para saber o que eu
sofri", disse Farah, cujo julgamento começou ontem no fórum de Santana (zona norte).
A previsão é que o julgamento termine hoje. Farah está em
liberdade provisória desde
maio de 2007.
O interrogatório foi acompanhado pelos pais de Maria do
Carmo. "Se não houve Justiça
aqui, de Deus ele não escapa",
disse a mãe da vítima, Alice Silva, 70, antes do início.
O crime ocorreu no consultório de Farah, em Santana, zona
norte de São Paulo.
Na época, a polícia informou
que Farah usou bisturi e pinças
para dissecar o corpo de Maria
do Carmo e tirar a pele de parte
do rosto, tórax e pontas dos dedos das mãos e pés. O processo
teria levado dez horas.
Preso, ele alegou legítima defesa e disse que era perseguido.
Partes do corpo dela foram
achadas embaladas em sacos de
lixo, no porta-malas do carro.
Ontem, Farah disse que estava sozinho no consultório
quando Maria do Carmo chegou, com uma faca. Ele contou
que reagiu, mas que não se lembra do que ocorreu depois de
desarmar a ex-namorada.
"Eu não sabia se era realidade, sonho ou pesadelo."
Em novembro de 2006, o
Cremesp (Conselho Regional
de Medicina do Estado de São
Paulo) cassou a licença de Farah.
(GABRIELA MANZINI)
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