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Em SP, uso do boné depende de cada escola
Para diretor do colégio Rio Branco, adereço afeta visibilidade do professor; no Augusto Laranja e Bandeirantes, uso é liberado
Colégios afirmam não ter problemas com as chamadas "pulseirinhas do sexo'; já o uso de celular costuma ser proibido na sala de aula
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em São Paulo, as secretarias
municipal e estadual de Educação não proíbem o uso de bonés, celulares e "pulseiras do
sexo" nas aulas. Nas escolas
particulares, o telefone celular
costuma ser proibido na classe,
mas há divergências quanto ao
uso do boné entre as instituições ouvidas ontem pela Folha.
O colégio Rio Branco proibiu
o uso do celular há cerca de nove anos. Apenas na Granja Viana, gorros são permitidos nos
dias mais frios. Para o diretor
da unidade, Roberto Alves Sales, o uso do boné prejudica a
visibilidade do docente. "O
professor está sempre atento.
Mas o aluno pode até cochilar
com o boné, e o professor não
consegue ver", afirma.
Para ele, a proibição também
ajuda na identificação do aluno. Ele conta que o uso do celular é permitido na escola, mas
não na sala de aula. Quando um
toca dentro da classe, o aluno é
orientado a desligá-lo. Caso toque novamente, o estudante é
levado para orientação e, em
casos mais graves, os pais são
chamados para uma conversa.
No colégio adventista Unasp,
que é mais rígido com o uso do
uniforme, também é proibido o
boné. Para o diretor Jefferson
Andrade, a regra evita confusão
entre os alunos. "Eles têm muitas brincadeiras, um guarda o
boné na mochila do outro", diz.
A exigência, conta, também
serve para que nenhum estudante seja diferenciado pelo
uso da vestimenta quando tem
um boné mais caro.
Já no Augusto Laranja, assim
como no Bandeirantes e no
Objetivo, o uso do boné é liberado. "Não proibimos de jeito
nenhum. É uma opção pessoal.
O boné é um complemento, um
acessório que não atrapalha o
trabalho", afirma Arlete Laranja, dona do Augusto Laranja.
Ela afirma, no entanto, que
são poucos os alunos que utilizam o acessório. No Objetivo
também -o colégio diz que não
vê o boné como causa de algum
problema pedagógico. Em ambos os colégios, no entanto, o
uso do telefone celular é proibido dentro da sala de aula.
Os colégios consultados afirmam não ter problemas com as
pulseiras. Por isso, a maioria
não formulou regras sobre a
questão. No Unasp, elas são
proibidas assim como todos os
acessórios. No Bandeirantes,
são permitidas -mas o colégio
orientou os alunos sobre o "jogo do sexo" em um artigo publicado no site da escola.
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