São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2010

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Em SP, uso do boné depende de cada escola

Para diretor do colégio Rio Branco, adereço afeta visibilidade do professor; no Augusto Laranja e Bandeirantes, uso é liberado

Colégios afirmam não ter problemas com as chamadas "pulseirinhas do sexo'; já o uso de celular costuma ser proibido na sala de aula

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em São Paulo, as secretarias municipal e estadual de Educação não proíbem o uso de bonés, celulares e "pulseiras do sexo" nas aulas. Nas escolas particulares, o telefone celular costuma ser proibido na classe, mas há divergências quanto ao uso do boné entre as instituições ouvidas ontem pela Folha.
O colégio Rio Branco proibiu o uso do celular há cerca de nove anos. Apenas na Granja Viana, gorros são permitidos nos dias mais frios. Para o diretor da unidade, Roberto Alves Sales, o uso do boné prejudica a visibilidade do docente. "O professor está sempre atento. Mas o aluno pode até cochilar com o boné, e o professor não consegue ver", afirma.
Para ele, a proibição também ajuda na identificação do aluno. Ele conta que o uso do celular é permitido na escola, mas não na sala de aula. Quando um toca dentro da classe, o aluno é orientado a desligá-lo. Caso toque novamente, o estudante é levado para orientação e, em casos mais graves, os pais são chamados para uma conversa.
No colégio adventista Unasp, que é mais rígido com o uso do uniforme, também é proibido o boné. Para o diretor Jefferson Andrade, a regra evita confusão entre os alunos. "Eles têm muitas brincadeiras, um guarda o boné na mochila do outro", diz. A exigência, conta, também serve para que nenhum estudante seja diferenciado pelo uso da vestimenta quando tem um boné mais caro.
Já no Augusto Laranja, assim como no Bandeirantes e no Objetivo, o uso do boné é liberado. "Não proibimos de jeito nenhum. É uma opção pessoal. O boné é um complemento, um acessório que não atrapalha o trabalho", afirma Arlete Laranja, dona do Augusto Laranja.
Ela afirma, no entanto, que são poucos os alunos que utilizam o acessório. No Objetivo também -o colégio diz que não vê o boné como causa de algum problema pedagógico. Em ambos os colégios, no entanto, o uso do telefone celular é proibido dentro da sala de aula.
Os colégios consultados afirmam não ter problemas com as pulseiras. Por isso, a maioria não formulou regras sobre a questão. No Unasp, elas são proibidas assim como todos os acessórios. No Bandeirantes, são permitidas -mas o colégio orientou os alunos sobre o "jogo do sexo" em um artigo publicado no site da escola.


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