São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2010

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Esburacado, calçadão da Sumaré vira estorvo

Raízes de árvore e trechos de concreto destruídos atrapalham corridas, caminhadas e passeios ciclísticos

MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Buracos, raízes de árvore expostas e trechos de concreto completamente destruídos formam o cenário do calçadão da avenida Sumaré, na zona oeste de São Paulo. O espaço divide as duas pistas da avenida e é usado pelos moradores da região para corridas e caminhadas.
A Folha percorreu a avenida, desde a rua Turiassu até o viaduto da Dr. Arnaldo (quando já se chama Paulo 6º), e constatou os riscos e as dificuldades de praticar esportes no local.
"Já caí três vezes por causa de raízes de árvore que não percebi", afirma o professor Anderson Moraes, 53. Mas nem as dores e arranhões foram capazes de fazer o corredor abandonar a Sumaré. "Há poucas opções no bairro e aqui é muito acessível", explica.
A falta de cuidados é um dos motivos pelos quais a ciclovia criada no local na década de 90 foi desativada. Permaneceram apenas placas indicativas, que hoje enfeiam a paisagem e estorvam a passagem.
Os ciclistas até preferem usar a movimentada avenida a se arriscar no que restou da ciclovia. "Aqui [na pista] não tem nenhum buraco de surpresa", diz Marcos Reinalet, 34.
Quem transita pelo calçadão tem de tomar cuidados redobrados em diversos trechos. Em um deles, perto do cruzamento com a rua Vanderley, o concreto está despedaçado em vários pedaços e sobe até a altura da canela. Sobra pouco espaço para se desviar dele.
Subindo em direção à rua Ministro Gastão Mesquita, raízes de árvores dos canteiros laterais entram na pista e provocam rachaduras.
Com tantos obstáculos, alguns corredores deixam a pista central do calçadão, pulam os canteiros e vão correr nas pequenas calçadas que margeiam as pistas.
Mas nem por isso se livram dos problemas. Além de terem que correr bem perto das pistas, onde há faixas exclusivas de motos, precisam desviar de postes e de buracos onde antes havia árvores, já retiradas -como acontece nas proximidades da rua Pedro Coelho.
Os problemas da Sumaré não param por aí. Embaixo do viaduto da Dr. Arnaldo, pedrinhas ocupam o lugar do que seria o calçadão. No outro extremo, perto da Turiassu, o local virou casa de moradores de rua.

Reforma
Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, há um processo de requalificação geral do canteiro da avenida Sumaré.
"Haverá troca do piso, iluminação, além de novo paisagismo e sinalização", informou o órgão por meio de nota. O projeto está em fase de finalização de custos. Questionada, a secretaria não informou sobre prazos para a reforma.
A pasta informou ainda que, rotineiramente, a Subprefeitura da Lapa realiza serviços de limpeza, capinação e jardinagem na calçada da Sumaré.
A reportagem tentou, por diversas vezes, contato com a Somasu, a associação dos moradores da região, sem sucesso.


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