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Esburacado, calçadão da Sumaré vira estorvo
Raízes de árvore e trechos de concreto destruídos atrapalham corridas, caminhadas e passeios ciclísticos
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Buracos, raízes de árvore expostas e trechos de concreto
completamente destruídos formam o cenário do calçadão da
avenida Sumaré, na zona oeste
de São Paulo. O espaço divide as
duas pistas da avenida e é usado
pelos moradores da região para
corridas e caminhadas.
A Folha percorreu a avenida,
desde a rua Turiassu até o viaduto da Dr. Arnaldo (quando já
se chama Paulo 6º), e constatou os riscos e as dificuldades
de praticar esportes no local.
"Já caí três vezes por causa
de raízes de árvore que não
percebi", afirma o professor
Anderson Moraes, 53. Mas
nem as dores e arranhões foram capazes de fazer o corredor abandonar a Sumaré. "Há
poucas opções no bairro e aqui
é muito acessível", explica.
A falta de cuidados é um dos
motivos pelos quais a ciclovia
criada no local na década de 90
foi desativada. Permaneceram
apenas placas indicativas, que
hoje enfeiam a paisagem e estorvam a passagem.
Os ciclistas até preferem
usar a movimentada avenida a
se arriscar no que restou da ciclovia. "Aqui [na pista] não tem
nenhum buraco de surpresa",
diz Marcos Reinalet, 34.
Quem transita pelo calçadão
tem de tomar cuidados redobrados em diversos trechos.
Em um deles, perto do cruzamento com a rua Vanderley, o
concreto está despedaçado em
vários pedaços e sobe até a altura da canela. Sobra pouco espaço para se desviar dele.
Subindo em direção à rua
Ministro Gastão Mesquita, raízes de árvores dos canteiros laterais entram na pista e provocam rachaduras.
Com tantos obstáculos, alguns corredores deixam a pista
central do calçadão, pulam os
canteiros e vão correr nas pequenas calçadas que margeiam
as pistas.
Mas nem por isso se livram
dos problemas. Além de terem
que correr bem perto das pistas, onde há faixas exclusivas
de motos, precisam desviar de
postes e de buracos onde antes
havia árvores, já retiradas -como acontece nas proximidades
da rua Pedro Coelho.
Os problemas da Sumaré não
param por aí. Embaixo do viaduto da Dr. Arnaldo, pedrinhas
ocupam o lugar do que seria o
calçadão. No outro extremo,
perto da Turiassu, o local virou
casa de moradores de rua.
Reforma
Segundo a Secretaria de
Coordenação das Subprefeituras, há um processo de requalificação geral do canteiro da
avenida Sumaré.
"Haverá troca do piso, iluminação, além de novo paisagismo e sinalização", informou o
órgão por meio de nota. O projeto está em fase de finalização
de custos. Questionada, a secretaria não informou sobre
prazos para a reforma.
A pasta informou ainda que,
rotineiramente, a Subprefeitura da Lapa realiza serviços de
limpeza, capinação e jardinagem na calçada da Sumaré.
A reportagem tentou, por diversas vezes, contato com a Somasu, a associação dos moradores da região, sem sucesso.
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